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"Existe uma célula em meu cérebro que nunca vai acreditar que estou envelhecendo", diz Paul McCartney

Paul McCartney em foto de divulgação do álbum "Kisses On The Bottom", tirada pela filha Mary McCartney - EFE
Paul McCartney em foto de divulgação do álbum "Kisses On The Bottom", tirada pela filha Mary McCartney Imagem: EFE

Do UOL, em São Paulo

16/02/2012 09h16

O músico Paul McCartney, que fará 70 anos em junho, não tem a menor intenção de encerrar a carreira. Em entrevista à revista "Rolling Stone" de março deste ano, ele se lembrou que há 20 anos, o seu então empresário o aconselhou a parar, "porque já estava começando a ficar constrangedor", mas o músico não liga para o que os outros dizem. "Existe uma célula em meu cérebro que nunca vai acreditar que estou envelhecendo".

O ex-beatle ainda argumenta contra a ideia de que os velhos devem deixar o caminho livre para os jovens. "Que se f..., eles que abram caminho sozinhos. Se forem melhores que eu, irão me superar. O Foo Fighters não têm esse problema, eles são bons". McCartney conta que não vê sentido em parar de cantar já que continua amando muito o que faz. "Se não há nada quebrado, então não conserte", disse ele.


O artista ainda diz também que não se importa que seus shows tenham sido reduzidos nos últimos anos por causa da guarda compartilhada que tem da filha Beatrice, de 8 anos. "Não fazemos turnês gigantescas, como as feitas por U2 e os Rolling Stones, para ficar de saco cheio disso depois". No início, ele achou que fazer menos shows poderia ser um problema, mas depois viu a situação como uma benção.

Questionado sobre a ideia de morrer no palco, McCartney se espanta: "Que tipo de pergunta é essa? Isso não está na minha imaginação. Farei rock enquanto for agradável para mim". O músico, no entanto, não quer estipular uma data para isso, mas já se imagina no palco com 80 anos.