Topo

Kevin Costner vai falar no funeral de Whitney Houston, diz site

Kevin Costner e Whitney Houston em cena de "O Guarda-Costas" (1992) -
Kevin Costner e Whitney Houston em cena de "O Guarda-Costas" (1992)

Do UOL, em São Paulo

16/02/2012 15h46

O ator Kevin Costner irá falar no funeral de Whitney Houston, afirma a o site da revista “People” nesta quinta-feira (16). A publicação disse que a informação vem de fontes da família da cantora.

Costner atuou com Houston em “O Guarda-Costas”, filme de 1992 que foi o maior sucesso da cantora nos cinemas e se tornou emblemático pela música “I Will Always Love You”.

A “People” afirma que Aretha Franklin e Stevie Wonder também estarão presentes e vão cantar durante a cerimônia. O produtor de Houston desde o início de sua carreira, Clive Davis, também irá falar no evento.

O site “TMZ” informou que a apresentadora Oprah Winfrey também foi convidada para a cerimônia, que ocorrerá no sábado (18) às 15h (horário de Brasília) em uma igreja de Newark (leste dos Estados Unidos).

Também segundo o site, o ex-marido de Houston, o cantor Bobby Brown, disse que vai comparecer ao funeral mesmo com a oposição da família da cantora. Eles responsabilizam Brown pelo envolvimento de Houston com as drogas.

A cerimônia será transmitida ao vivo pela internet através do site da agência de notícias Associated Press (http://www.livestream.com/aplive).

Mais sobre a morte da cantora

A cantora e atriz norte-americana Whitney Houston morreu no sábado (11), aos 48 anos. De acordo com a polícia local, Houston foi encontrada morta na banheira de seu quarto, no hotel Beverly Hilton, em Beverly Hills.

Segundo a polícia de Beverly Hills, seguranças do hotel fizeram uma ligação de emergência sobre Houston às 15h43 locais (21h43 no horário de Brasília). Uma equipe de paramédicos já estaria no hotel por conta de uma festa do Grammy e teria tentado ressuscitar, sem sucesso, a cantora. Às 15h55, Houston foi declarada morta.

Segundo o site, autoridades acreditam que Whitney dormiu ou ficou inconsciente enquanto estava na banheira. As autoridades ainda não conseguem definir se Houston morreu antes de ficar submersa na banheira ou depois. Há a possibilidade de ela ter morrido antes. O resultado do exame toxicológico sai em até seis semanas. No quarto do hotel não foram encontradas drogas e bebidas alcoólicas. Policiais disseram que localizaram apenas frascos e cápsulas de remédios.

Uma das hipóteses para a morte da artista é a de que ela dormiu na banheira. Houston tomava Xanax, remédio que, misturado com álcool, pode sedar. Membros da família da cantora afirmaram ao TMZ que o remédio foi receitado por médicos para controlar ansiedade e depressão.

Para a família, a mistura de Xanax com outros remédios prescritos e álcool foi o que causou a morte da artista, e não afogamento, também informou o TMZ. Isso porque o site foi informado de que não havia água suficiente nos pulmões que pudesse determinar o afogamento, mas só o exame toxicológico pode confirmar a hipótese.

"Garota de ouro"

Celebrada como "a garota de ouro" da indústria fonográfica entre as décadas de 80 e 90, a carreira de Houston andava ofuscada por problemas com drogas, bebida e violência doméstica.

No final de 2009 e início de 2010, após anos de luta contra a dependência química, ela ensaiou uma fracassada volta aos palcos. Na parte inicial de sua turnê britânica, parecia sofrer com falta de ar quando cantava. Em Paris, chegou a ser hospitalizada com uma infecção respiratória e adiou várias apresentações. Na Austrália, sua passagem foi vaiada por fãs e critica pela imprensa especializada.

Whitney Houston chegou a vender 55 milhões de discos, só nos Estados Unidos. O sucesso a levou da música para o cinema, atuando em filmes como "O Guarda-Costas", com Kevin Costner, e "Falando de Amor", dirigido por Forest Whitaker.

Nessa mesma época, influenciou uma geração de cantoras  como Christina Aguilera e Mariah Carey até que sua voz e imagem foram destruídas pelo uso de drogas e a vida pessoal tumultuada com seu último marido, o cantor Bobby Brown.

No final de sua carreira, Houston tornou-se célebre por abusar das drogas. As vendas de seus álbuns diminuíram, e sua imagem serena foi abalada por um comportamento violento e aparições públicas bizarras. Ela confessou ter abusado de maconha, cocaína e comprimidos, e sua voz foi ficando cada vez mais rouca, fazendo com que ela não conseguisse atingir as altas notas que a tornaram famosa.

"O grande mal sou eu. Não sou nem minha melhor amiga nem minha pior inimiga", disse a cantora em entrevista a Diane Sawyer em 2002.

ÚLTIMA PERFORMANCE; ASSISTA

  • Reprodução/The Sun

    Um vídeo amador que circula na internet mostra imagens do que seria a última performance de Whitney Houston no palco. As imagens foram gravadas na última quinta (10), quando Houston participava de uma festa pré-Grammy e dividiu o microfone com a cantora Kelly Price. Na saída da festa, Whitney foi fotografada 'desorientada' e com 'sangue' nas pernas, segundo o 'The Sun'.

Biografia
Whitney era filha da cantora gospel Cissy Houston, prima da diva dos anos 60 Dionne Warwick e afilhada de Aretha Franklin. Ela começou a cantar em igrejas ainda criança. Adolescente, fazia backing vocals para Chaka Khan, Jermaine Jackson e outros, e era modelo. Foi nesse período que o magnata da música Clive Davis ouviu falar da cantora.

"A primeira vez que a vi foi em um show de sua mãe... O impacto foi muito grande. Ouvir aquela jovem colocando fogo nas músicas. Provocou, de verdade, arrepios na espinha" , disse Davis ao "Good Morning America".

Pouco tempo depois, os Estados Unidos sentiram esse "arrepio" também. Houston gravou seu primeiro álbum, "Whitney Houston", em 1985. Foram vendidas milhões de cópias e suas músicas se tornaram sucesso. "Saving All My Love for You" rendeu à cantora seu primeiro Grammy, de melhor vocalista pop. "How Will I Know," "You Give Good Love" e "The Greatest Love of All" também se tornaram singles.

Seu segundo trabalho, "Whitney", de 1987, também teve grandes sucessos como "Where Do Broken Hearts Go" e "I Wanna Dance With Somebody".

O "New York Times" descreve a voz da cantora como "uma das melhores vozes gospel de sua geração". "Whitney evitava os maneirismos típicos do gênero, e usava frases evangélicas com moderação. Em vez de projetar vulnerabilidade e compaixão, ela comunicava força e auto-confiança, fazendo baladas pop majestosas."

Whitney Houston ganhou seis Grammys durante sua carreira. O primeiro em 1985, como melhor performance vocal pop feminina com a música "Saving All My Love For You". Ela recebeu o mesmo prêmio em 1987, por "I Wanna Dance With Somebody (Who Loves Me)".

Em 1993, Whitney ganhou três prêmios: melhor performance vocal pop feminina e gravação do ano por "I Will Always Love You" e álbum do ano com a trilha sonora original do filme “O Guarda-Costas”. Em 1999, como melhor perfomance feminina de R&B por "It's Not Right But It's Okay".

A cantora deixa uma filha, Bobbi Kristina, fruto de seu casamento com Bobby Brown.

(Com informações de agências internacionais)