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Com parceria da filha e alfinetada no ex-marido, Madonna lança "MDNA"; ouça

Cena de "Girl Gone Wild", clipe de Madonna do álbum "MDNA" - Reprodução
Cena de "Girl Gone Wild", clipe de Madonna do álbum "MDNA" Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

26/03/2012 07h00

O novo álbum de Madonna, “MDNA”, chega às lojas nesta segunda-feira (26). Em seu primeiro trabalho desde “Hard Candy”, de 2008, a “rainha do pop” traz colaborações estreladas – inclusive com a filha, Loudes Maria – e alfinetadas a seu ex-marido, Guy Ritchie. Clique aqui para ouvir o disco na Rádio UOL.

As 12 faixas do novo trabalho da cantora chegam embaladas pelo sucesso das novas músicas “Give Me All Your Luvin” e “Girl Gone Wild” – cujo clipe foi lançado na última semana. Antes do lançamento, trechos de várias faixas já haviam sido liberados, como “Love Spent”, “I’m Addicted” e “Superstar”.


A artista confessou estar ansiosa com a recepção do público. “Você nunca sabe como as pessoas irão reagir a ele, o que irá movê-las ou inspirá-las. O mundo é tão cheio de entretenimento agora, não é? Então há muito nervosismo”, disse em entrevista ao jornal “The Sun” na última sexta-feira (23).

Após uma transmissão ao vivo pela AOL nos Estados Unidos e no Canadá ocorrida última quarta-feira (20), o álbum chegou a vazar na internet, na íntegra. Entretanto, poucas horas depois a maior parte das faixas já havia sido retirada do Youtube e de sites de compartilhamento.

Críticas ao ex-marido
Guy Ritchie, marido de Madonna por oito anos, foi alvo de alfinetadas em “MDNA”. Em “I Don’t Give A...”, a cantora fala sobre um casamento infeliz e a perda de identidade, cantando que tentou ser “uma boa menina” e “se tornar tudo o que ele esperava”, mas que “não dá mais a mínima”.

Madonna e Guy Ritchie foram casados entre 2000 e 2008. Eles dividem a custódia dos filhos Rocco, de 12 anos, e David Banda, seis, adotado no Malauí.

Liz Rosenberg, representante de longa data da cantora, não confirmou se a letra é realmente um ataque a Ritchie. “Não ouvi Madonna explicar se as letras são autobiográficas ou não. Ela não explica frequentemente as letras de suas músicas”, disse em entrevista ao jornal “The New York Post”.

O casamento parece ter sido tema de outra música, "I Fucked Up", incluída na versão Deluxe. Nela, a artista faz uma espécie de "mea culpa", sem parar de repetir que sente muito pelo jeito que o relacionamento acabou. "Tenho vergonha por você sentir dor/ Eu te culpei quando as coisas não aconteceram do meu jeito/ Se eu não fizesse isso, você ainda estaria aqui", dizem alguns versos.

Participações ilustres
“MDNA” é repleto de colaborações ilustres. A começar por sua própria filha, Lourdes Maria, 15, que faz o backing vocal em “Superstar”.

Para o primeiro single, “Give Me All Your Luvin”, Madonna contou com a rapper Nicki Minaj e a cantora M.I.A, que colaboraram também em “I Don’t Give A...” e “B-Day”, respectivamente.

As duas foram muito elogiadas por ela: “Estava querendo colaborar com mulheres que têm um forte senso de si. Elas duas são pessoas com muito domínio próprio, especialmente M.I.A. Acho que ela não se impressiona muito com as estrelas e as celebridades, então fomos direto aos negócios. Amei ela”, disse ao “The Sun”.

Apesar dos elogios, a parceria rendeu à artista uma polêmica. Durante seu show no intervalo do Super Bowl, em fevereiro, M.I.A mostrou o dedo do meio para as câmeras. O gesto obsceno foi classificado como “inapropriado e decepcionante” pela NFL, entidade que regula o futebol americano no país.



O cantor Mika, o duo de eletrônico LMFAO e o DJ Benny Benassi também fizeram participações no álbum.

O álbum marca ainda o retorno - muito esperado, após 12 anos de ausência - do produtor William Orbit, a fonte de sua renovação criativa, em 1998, com o introspectivo "Ray of Light".

Críticas
Até agora, a repercussão de “MDNA” tem sido positiva entre a imprensa. Os principais veículos internacionais foram unânimes em elogiar o álbum de Madonna. "Seu novo álbum mostra às jovens pretendentes que Madonna ainda é uma força a ser reconhecida", destacou o “Daily Mirror”, da Grã-Bretanha.

A “Billboard” destacou a que a artista “ainda é a rainha do pop”: “Quase 30 anos depois de chegar pela primeira vez ao topo das paradas, mostra, como sempre, como se faz o trabalho", escreveu. Nas paradas da revista, ela ficou no topo da categoria Dance pela 41ª vez, por “Give Me All Your Luvin”.

Já a “Rolling Stone” comentou sobre a decisão da cantora de utilizar temas mais melancólicos. "Há algo de extraordinário sobre a decisão de Madonna de compartilhar sua dor, uma vez que ela compartilhou seu prazer. Sua música sempre defendeu a liberdade contra a opressão, mas pela primeira vez esta opressão é interna", publicou.

Turnê Mudial
A nona turnê da cantora começará no dia 29 de maio, em Tel Aviv, e virá ao Brasil no fim do ano. Ela deve se apresentar no dia 9 de dezembro no Estádio Olímpico, em Porto Alegre. A data já está reservada para o show da cantora e a negociação da nova turnê foi concluída, "só falta assinar o contrato, que será feito nos próximos dias", segundo o diretor de marketing do time do Grêmio, Paulo César Verardi, disse ao UOL.

Após iniciar a turnê em Israel, ela vai para Abu Dabi, Istambul e Zagreb. A artista se apresentará no verão europeu em 26 cidades, indicou a produtora Live Nation. Ela fará apresentações em Barcelona, Londres, Berlim, Amsterdã, Moscou e Oslo (nesta cidade no dia 15 de agosto, véspera de seu 54º aniversário).

Madonna cantará na França no dia 14 de julho, no Stade de France e no dia 21 de agosto em Nice (sul). A rainha do pop voltará depois para os Estados Unidos para iniciar pela Filadélfia shows em 26 cidades, viajando em seguida para a América do Sul e a Austrália. Serão ao todo 90 shows.