Foster the People, Skrillex, Cage the Elephant: saiba quem é quem na programação indie do Lollapalooza Brasil
Sem querer, o Lollapalooza Brasil vai promover neste domingo (8) uma das maiores injustiças musicais recentes em sua programação, quando no mesmo horário e em lugares diferentes escala para tocar a banda californiana Foster the People e o conterrâneo DJ Skrillex, nova sensação da música eletrônica. Cada uma na sua, as duas atrações estão na lista do "precisa ver" do festival.
Mas o problema nisso não é o Skrillex. O Foster the People, banda de um disco só e um sucesso assustador até para eles mesmos, é um dos grandes nomes do indie norte-americano e planetário, graças a um estofo dançante de sua marca independente, um punhado de hits grudentos e uma chance de levar o gênero a um público muito maior, de várias "categorias" da música jovem atual.
Eles são a essência do "Lollapalooza real", aquele que nasceu quando a música indie era realmente indie e o evento, itinerante, levado aqui e ali nos Estados Unidos para dar opção "alternativa" a quem não engolia o hip-hop trilionário, o heavy metal cabeludo ou a música pop comercial de rádios "normais".
Para os lados eletrônicos, o Skrillex tem essa mesma alma "libertadora" e novidadeira, mas o Foster the People, menos pela musicalidade e mais pelo espírito de "bandinha indie fazendo sucesso na terra da Lady Gaga", é o maior representante do "velho Lollapalooza".
O Cage the Elephant, outra trupe norte-americana de molecada a todo gás musical, é o Nirvaninha dos novos anos 10. Eles são no Lollapalooza Brasil de hoje o que seria o Foo Fighters do primeiro álbum, se esse existisse em 1991 para ser escalado lá atrás nas primeiras edições do Lolla americano. O Foo Fighters de hoje, por exemplo, megabanda como está, não seria.
Indie-indie mesmo, hoje em dia, é sair de casa à tarde tanto no sábado quando no domingo para ir ao Jockey Club ver o Manchester Orchestra ou o Band of Horses. O primeiro é um quinteto de Atlanta que faz um som que ainda hoje se pode chamar realmente de alternativo: indie “adulto” que vai do rebuscado ao barulho, tem boas pitadas folk e country tudo junto. Na mesmíssima categoria, talvez mais calcada no country, está a segunda, o Band of Horses, grupo de Seattle daquelas que, parece, nunca vai crescer, mas nunca vai decepcionar a boa base de seguidores que tem no indie americano.
Outro show obrigatório para os indies é da "armada negra" TV on the Radio. Primeiro porque eles vêm do Brooklyn, Nova York, principal celeiro de banda independente de todos os gêneros e credos musicais hoje no mundo. E depois porque, veteranos do mesmo modo como os Strokes são veteranos hoje em dia, praticam um indie rock que tanto pode ser esticado à música eletrônica quanto, em outro lado, para a soul music.
LOLLAPALOOZA BRASIL EM SP
Quando: sábado (7) e domingo (8), a partir das 11h
Onde: Jockey Club (Av. Lineu de Paula Machado, 1.263)
Quanto: R$ 300 (inteira) somente para o dia 8
Ingressos: bilheteria do Jockey Club
Informações: 0/xx/11/3815-8091
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