"Aprendemos com nossos erros e hoje somos uma banda melhor ao vivo", diz baixista do Vaccines, em turnê pelo Brasil
Cria da internet e espalhada ao mundo na velocidade da luz --e de suas músicas com cerca de 2 minutos de duração--, o Vaccines passou o último ano colocando à prova o poder do hype que o movimentou ainda em 2010. Antes mesmo de lançar seu disco de estreia, "What Did You Expect From The Vaccines?" (2011), a banda inglesa já era uma aposta da crítica especializada internacional. "Mas nunca deixamos esse hype subir à cabeça", garante o baixista Árni Hjörvar em conversa com o UOL, por telefone.
Ao lado do vocalista Justin Young, do guitarrista Freddie Cowan e do baterista Pete Robertson, Arní assegura que a publicidade extrema em torno de sua banda, chamada até de "os novos Strokes", nunca atrapalhou. "A verdade é que sempre focamos em coisas que são realmente importante para nós, que é fazer a nossa música e os nossos shows da melhor maneira possível. É assim que tem funcionado". E é isso que o Vaccines vai mostrar nesta quarta-feira (18) em São Paulo, no Cine Joia, e na quinta-feira (19) no Rio de Janeiro, no Circo Voador.
Contratados pela gravadora Columbia Records e com dois singles bem sucedidos nas paradas --"Wreckin' Bar (Ra Ra Ra)" e "Post Break-Up Sex"--, o Vaccines foi convidado a abrir os shows do Arctic Monkeys na turnê do disco "Suck It And See" (2011). Até que Justin Young descobriu uma hemorragia na garganta e precisou operá-la três vezes em nove meses. E esse poderia ser o fim precoce do Vaccines.
A banda já estava até escalada como uma das principais atrações do festival Planeta Terra 2011, em São Paulo, mas dois meses depois do anúncio eles cancelaram a vinda ao Brasil. "Liam Gallagher não teve influência nesta decisão", brinca Arní, lembrando que o ex-Oasis fez duras críticas ao Vaccines e também foi atração do mesmo festival com sua banda Beady Eye. "É que realmente tivemos fatores que impossibilitaram nossa vinda, a agenda lotada, a turnê com o Arctic Monkeys, a recuperação de Justin. Mas agora estamos aqui por uma questão de honra", comemora.
Em fase de produção do novo disco, o Vaccines promete tocar no Brasil seus hits instantâneos junto com algumas das novas músicas. "Vamos mostrar provavelmente três ou quatro canções inéditas. Devem entrar no repertório 'No Hope', 'Bad Mood' e 'Teenage Icon'", ele adianta, referindo-se às faixas já conhecidas nas apresentações mais recentes da banda. O novo disco, gravado em março na Inglaterra e ainda sem título, está previsto para sair até outubro, segundo o baixista.
Pressão do segundo disco
"É um velho clichê, mas eu realmente não estou sentindo mais pressão com esse disco novo do que senti com o primeiro. Começamos fazendo música para nós mesmos, e as pessoas acabaram gostando e nos seguindo", pondera Arní. "Nosso próximo álbum será mais refinado e vai mostrar nosso progresso musical, mas continua sendo rock and roll simples e melódico. Esperamos que as pessoas se envolvam com esse trabalho da mesma maneira que se conectaram com o anterior".
De 2010 para cá, quando o Vaccines caiu nas graças do mundo, muita coisa mudou, segundo o músico. "Nós ficamos um pouco mais conhecidos", ele ri. "Mas também nos tornamos melhores músicos, porque estamos constantemente em turnês. Aprendemos muito com nossos erros, e hoje somos uma banda melhor que toca ao vivo", ele avalia. Arní lembra que passou a maior parte do ano passado em palcos, aviões e ônibus, mas não se queixa. "Na verdade, essa é uma das melhores coisas de estar em uma banda: tocar ao redor do mundo".
THE VACCINES EM SÃO PAULO
Quando: 18/04, às 21h
Onde: Cine Joia (Praça Carlos Gomes, 82, Liberdade)
Quanto: a partir de R$ 90
Ingressos: http://cinejoia.tv/ingressos
THE VACCINES NO RIO
Quando: 19/04
Onde: Circo Voador (Rua dos Arcos, s/n, Lapa)
Preço: R$ 60 (meia-entrada para estudantes, menores de 21 anos, idosos; ingressos promocionais; clube do assinante "O Globo"), R$ 120
Ingressos: www.ingresso.com
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.