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Banda amadrinhada por Elza Soares investe em rock pesado com samba

Alessandro Manso, Carlos "Blinque", Rafael Moromizato, Caio Veloso e Júlio Mucci da banda Huaska - Divulgação
Alessandro Manso, Carlos "Blinque", Rafael Moromizato, Caio Veloso e Júlio Mucci da banda Huaska Imagem: Divulgação

Thays Almendra

Do UOL, em São Paulo

18/04/2012 18h09

A banda Huaska, amadrinhada por Elza Soares, lança neste mês o novo trabalho “Samba de Preto”, que conta com a participação da cantora e investe na mistura do rock pesado com samba e bossa nova.

O grupo – formado por Alessandro Manso (guitarra e violão), Carlos “Blinque”Milhomen (guitarra), Rafael Moromizato (voz), Caio Veloso (bateria) e Julio Mucci (baixo) – tem 10 anos de carreira, nasceu em São Paulo e surgiu com o intuito de fazer o rock brasileiro ser disseminado para fora do país.

Em entrevista ao UOL, o vocalista Rafael Moromizato contou que para ter um diferencial a banda acreditou no potencial de outros ritmos para tornar um som mais típico do Brasil e decidiu convidar a cantora Elza Soares para fazer parte do novo trabalho.

No próximo dia 21 de abril, Huaska se apresentará no Record Store Day, na Livraria Cultura. Já o show de lançamento do CD será dia 19 de maio.

Leia a entrevista com o vocalista da banda na íntegra

UOL  - Como surgiu a banda? Por que levou o nome de Huaska?
Rafael Moromizato – A banda surgiu há mais ou menos uns 10 anos. Tínhamos a ideia de fazer rock pesado em português, mas acabamos trazendo a musicalidade brasileira. Em nosso primeiro CD, já tínhamos uma música com um violão de música brasileira.
Escolhemos esse nome por conta de ser uma palavra com muitos significados em diferentes línguas. Achamos que soava como um nome brasileiro.

UOL - De onde surgiu a ideia de misturar rock pesado, metal, samba e bossa nova? Como vocês definem o som da banda?
Rafael Moromizato - Logo no começo, Alessandro Manso teve a ideia de colocar o violão brasileiro na banda.  Ele mostrou a primeira música e nós adoramos. Fomos bastante para o lado de Tom Jobim, Chico Buarque, Cartola e João Gilberto, porque eles foram os que mais influenciaram na mistura das musicalidades. Depois disso, fomos adotando cada vez mais o samba e a bossa nova aos nossos hits. Mesmo assim, nós nos nomeamos como uma banda de rock.

UOL – Neste novo CD, a banda conta com a participação de Elza Soares. Como a cantora conheceu o trabalho de vocês?
Rafael Moromizato - Queríamos levar alguém que tivesse a ver com a gente. Chegamos a Elza porque ela já passou por diversos ritmos musicais. Ela gosta dessa ousadia de misturar e tem um timbre marcante. Escolhemos a música “Samba de Preto” para que ela cantasse com a gente e levamos para a produção dela conhecer. A partir dai, demorou somente uns q    uatro encontros entre ela conhecer a banda e gravar conosco. Segundo Elza Soares, está tudo escrito e quando é para dar certo, vai dar.  O legal foi levar para ela um rock desse jeito e ela adora esse tipo de rock pesado.  E o melhor é que ela se auto intitulou como a madrinha da banda

UOL - Por que o novo CD chama “Samba de Preto”?
Rafael Moromizato - O preto do CD é o vestimento do rock. A primeira audição é o samba caracterizado da roupa preta. É uma forma de dar a voz ao rock. Mas se você ouvir a letra da música é um samba do luto, da lembrança.