"Queremos fazer o público dançar", diz vocalista do Ting Tings sobre show em SP
O duo britânico Ting Tings desembarca em São Paulo nesta terça (1) com a bagagem recheada de dance, indie e pop para seu segundo show na capital paulistana. Formada por Katie White e Jules de Martino, a dupla fez seu primeiro show no Rio de Janeiro, na segunda-feira (30).
A caminho do show no Circo Voador, White estava animada para a passagem de som e contou em entrevista por telefone ao UOL que sempre se surpreende com os fãs brasileiros. "Achamos que não haveria uma pessoa em nosso show (no Planeta Terra). Nunca tínhamos tocado no Brasil antes. E tinha muita gente, ficamos chocados", conta entre risos.
Questionada sobre a sonoridade da banda que sempre deixa a desejar ao vivo, a vocalista defendeu a ideia dizendo que menos integrantes no palco torna os shows mais enérgicos para a dupla. Leia a entrevista na íntegra abaixo:
Para a maioria das bandas pop, o sucesso é feito de tapetes vermelhos, holofotes e posar como celebridades e isso definitivamente não é o que gostamos.
UOL Música: O que vocês esperam dos shows no Brasil?
Katie White: Esperamos que sejam ótimos, nunca estivemos no Rio de Janeiro antes. É tão estranho, anteontem estávamos em Londres e as pessoas já estavam tão interessadas. Temos muitos fãs brasileiros que pediram para que viéssemos. Também faz dois anos que não tocamos em São Paulo, então estamos muito felizes de poder voltar.
UOL Música: Você lembra do último show no Brasil, no festival Planeta Terra?
Katie: Sim, claro! Foi ótimo, nós tocamos no mesmo horário que o Iggy Pop e achamos que não haveria uma pessoa em nosso show, nunca tínhamos tocado no Brasil antes. E tinha muita gente, ficamos chocados. Nós viemos de Manchester, na Inglaterra, onde tem tantas bandas boas para serem ouvidas, nos sentimos muito sortudos por termos fãs aqui. É muito maluco.
UOL Música: E o que os fãs podem esperar do setlist?
Katie: Vamos tocar nossas músicas que funcionam no palco. É um set bem enérgico, punk, nos revezamos em cerca de seis instrumentos, queremos fazer o público dançar. É o que amamos.
UOL Música: Vocês usam bases prontas e algumas músicas deixam a desejar ao vivo. Vocês não sentem falta de ter uma banda de apoio?
Katie: Na verdade, não. Há cerca de um ano alguns shows só foram possíveis porque erámos nós dois no palco. E isso de certa forma acaba se tornando nossa identidade, e tornando os shows bem mais enérgicos para a gente, porque ocupamos o espaço no palco tocando vários instrumentos. Não é uma restrição ser uma dupla, é algo que nós gostamos. Tem tantas bandas com cinco integrantes, e eles fazem do jeito deles. O Ting Tings sempre será uma dupla.
UOL Música: Como foi o lançamento do segundo álbum, “Sounds from Nowheresville”?
Katie: É sempre muito trabalhoso para qualquer banda lançar o segundo álbum. Levamos dois anos para fazer e ainda tivemos que reescrever algumas músicas. Não queríamos lançar algo que poderia se perder e criamos nós mesmos, então o processo foi um pouco demorado. Depois do sucesso do primeiro CD – “We Started Nothing”, de 2008 – nós precisamos de pelo menos seis meses para voltar a ser pessoas normais de novo, para ter como escrever novas músicas sobre nossas vidas. Nós queríamos lançar um álbum que gostássemos e não que os outros gostassem.
UOL Música: É verdade que as Spice Girls foram uma influência pra esse álbum?
Katie: (risos) sim, vou ser honesta que sim. Mas também tivemos influências de PJ Harvey, Beastie Boys, Depeche Mode. Nós queríamos fazer um álbum que soasse como a gente, e as Spice Girls definitivamente fizeram parte da minha vida na década de 90.
UOL Música: O quanto a aparência é importante para banda?
Katie: Música é definitivamente mais importante para nós. Passamos 90% do tempo escrevendo músicas, tocando em turnês, no estúdio, e 10% pensando como vou fazer meu cabelo. Para a maioria das bandas pop, o sucesso é feito de tapetes vermelhos, holofotes e posar como celebridades e isso definitivamente não é o que gostamos. O que gostamos é de estar na estrada e fazendo bons shows. Sempre fico nervosa nesse tipo de evento, prefiro ficar reclusa e tocar.
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