Cantora country Kitty Wells morre aos 92 anos

A cantora country Kitty Wells, que fez grande sucesso nos anos 1950, morreu nesta segunda-feira (16) em Nashville, nos Estados Unidos, aos 92 anos. As informações são do site da revista "Variety".

Ela foi uma das mulheres pioneiras no gênero: segundo o historiador Charles Wolfe, suas gravações nos anos 1950 definiram "o papel da mulher na música country moderna, e levaram o clássico estilo honky-tonk de Lefty Frizzell e Hank Williams para novas sutilezas e perspectivas".

A terceira gravação lançada pela cantora, "It Wasn't God Who Made Honky Tonk Angels", uma resposta à música de Hank Thompson "The Wild Side of Life", chegou ao topo da parada country em março de 1952. O single ficou na lista de sucessos por seis meses. Ao todo, a cantora teve 33 músicas nas paradas até 1965.

Wells nasceu Ellen Muriel Deason, em Nashville, e cresceu em meio a músicos. Ainda garota, sua mãe a levou para o programa Grand Ole Opry, transmitido ao vivo, em que poucas mulheres se apresentavam. Ela e sua prima Bessie Choate começaram a se apresentar como as Irmãs Deason na metade dos anos 1930 e ganharam seu próprio programa de rádio.

Kitty assinou contrato com a RCA em 1949, mas suas músicas, no começo fizeram pouco impacto num mercado que era dominado por homens, como a dupla em que cantava seu marido, Johnnie and Jack. Rapidamente, no entanto, com a fama de "Honky Tonk Angels", a cantora rapidamente ficou mais famosa que o marido.

Entre seus sucessos, estão "Paying for That Back Street Affair" (1953), "Hey Joe" (1953), "Release Me" (1954) e "One by One" (1954), dentre outros. Seu último single que ficou em primeiro lugar nas paradas foi "Heartbreak U.S.A.," de 1961.

Uma das últimas aparições de Kitty Wells ocorreu em 1974, quando Phil Waldens lançou "Forever Young", disco em que veteranos cantavam junto de membros dos Allman Brothers Band. A artista deixa dois filhos, Carol Sue e Bobby. Ambos trabalham com música country.