Amy Winehouse gostou das pessoas, do sol e dos shows no Brasil, diz pai da cantora
Em entrevista ao "Fantástico" que foi ao ar neste domingo (29), o pai da cantora Amy Winehouse, Mitch Winehouse, falou sobre como a cantora gostou de sua passagem pelo Brasil, em janeiro de 2011. "Ela me telefonou muito animada e disse: isso aqui é bonito, muito, muito bonito. Amy gostou das pessoas. Gostou de pegar sol. Ninguém a chateou, e ela gostou mesmo dos shows", lembrou Mitch Winehouse.
Um ano depois da morte da cantora, Mitch conversou com Marcos Losekan sobre detalhes da vida da cantora, como a luta contra as drogas. Ele fez essa e outras revelações na biografia “Amy, Minha Filha” (Editora Record), prevista para ser lançada no Brasil dia 3 de agosto (leia trecho do livro aqui).
Mitch Winehouse contou, por exemplo, que Amy passou as últimas seis semanas de vida limpa, sem tocar em uma gota de álcool. A cantora morreu no dia 23 de julho de 2011, e o consumo excessivo de álcool, após semanas de abstinência, foi apontado como possível causa da morte.
O livro começa com o telefonema que recebeu do segurança de Amy, no dia 23 de julho de 2011, quando estava nos Estados Unidos. “Você precisa voltar para casa. Precisa voltar para cá. O quê? Do que é que você está falando? Você precisa voltar pra casa, repetiu. Meu mundo foi se esvaindo. Ela morreu?, perguntei”, lembra o pai, que conta que na hora entendeu o que tinha acontecido só pelo jeito de o segurança falar.
Mitch lembrou ainda o período em que a cantora estava afundada nas drogas, entre 2007 e 2008. "Se ela tivesse morrido naquela época, eu não teria ficado surpreso. Ela estava muito mal", afirmou. Três anos antes de morrer, Amy largou a maconha e a heroína, mas afundou na bebida. Em 2011, conseguiu ficar seis semanas sem álcool. Até que, dois dias antes da morte, voltou a beber.
A vida de Amy, cheia de altos e baixos era muito explorada pela imprensa sensacionalista da Grã-Bretanha. "As pessoas não percebiam que ela era uma garota maravilhosa, como ela era amigável e adorável, e como era generosa", diz o pai, que resolveu escrever o livro para que os fãs pudessem conhecer Amy melhor. "Os jornais eram apenas 1% do que Amy era. A música era 50%. O resto era a pessoa dela”, avalia.
“Amy era uma grande garota, com um coração imenso. Por favor, lembrem-se dela com carinho”, pediu o pai ao fim da entrevista.
UM ANO DA MORTE DE AMY WINEHOUSE
Sensação do pop, soul e jazz mundial, a cantora foi encontrada morta aos 27 anos em Londres
Revelações da biografia
Conhecida por deixar nas letras de suas músicas a dor e a alegria de seus relacionamentos amorosos, Amy Winehouse também utilizou o método que a consagrou em "Back to Black" como inspiração para escrever as canções de "Frank", seu álbum de estreia. Essa é outra revelação do pai da cantora na biografia.
Se no segundo disco de Amy o namorado-encrenca Blake Fielder-Civil era celebrado no contexto de faixas como "You Know I'm No Good" e "Tears Dry On Their Own", o primeiro álbum da cantora britânica foi o espaço encontrado por ela para dar vazão a outra desilusão amorosa, segundo o pai: Chris Taylor, um jornalista que trabalhava na agência de notícias online World Entertainment News Network (WENN), onde Amy chegou a trabalhar antes de a carreira deslanchar.
O namoro dos dois durou apenas nove meses, mas foi o suficiente para deixar a jovem cantora arrasada. Mas, para Mitch, aquele primeiro impacto do amor foi decisivo para motivar a criatividade de Amy.
A revelação é feita no terceiro capítulo da biografia, quando o pai da artista conta como Amy entrou para a National Youth Jazz Orchestra (NYJO), projeto que revela jovens talentos para cantarem com "big bands" de jazz em grandes palcos britânicos. Amy se juntou ao grupo logo após deixar a escola de teatro de Sylvia Young, responsável por ajudar na trajetória de outros artistas como Emma Bunton, a "Baby" das Spice Girls, e Tom Fletcher, músico da banda teen McFly.
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