Banda Uó e Bonde do Rolê transformam Cine Joia em micareta gay
É um pouco difícil de definir que tipo de música as bandas Uó e Bonde do Rolê tocam. Mas não resta dúvida de que independente do rótulo que tenham ou venham a ganhar, o que eles fazem no palco é muito divertido. Durante show de apresentação de seus novos trabalhos na madrugada desta sexta (7) no Cine Joia (centro de SP), ambas transformaram o palco, cheio de balões coloridos, em uma grande micareta gay.
Em comum, têm o fato de cantarem letras de apelo sexual escancarado -- como “James Bond” (“Arriba, arriba/James Bond é uma biba/Tatu, tatu,/James Bond dá o c...”) e “I Love Cafuçu” (“Já te receitei xarope/comprimido que você queria/mas você tomou tesão/devagar seu corpo inteiro tremia”) -- e também a característica de misturar forró, tecnobrega, axé, rock e eletrônico.
O público também é praticamente o mesmo: gays, lésbicas, heterossexuais liberais, bissexuais e transgêneros, como a própria vocalista da Banda Uó: Candy Mel, 21, que já até apareceu no programa “Esquenta”, de Regina Casé. E, embora não seja tão conhecidos do grande público, já têm seus tietes, que logo após o show se amontoavam para tirar fotos e dar beijos.
O show no Cine Joia tinha como objetivo promover o primeiro disco da Uó (“Motel”) e o segundo do Bonde do Rolê (“Tropical/Bacanal”). No entanto, promover o disco ali para aquele público era, na verdade, pregar para convertidos, já que todos os presentes faziam karaokê com todas as músicas apresentadas.
E como diz o título do novo álbum do Bonde, a apresentação parecia mesmo um pequeno bacanal tropical. Em determinado momento, os integrantes da banda chamam um fã para dançar com eles no palco. Quando menos esperam, já há seis ou sete pessoas rebolando até o chão enquanto o DJ Rodrigo Gorky lambuza todos com chantili. "Pode beijar o amiguinho do lado, viu?", grita Laura Taylor, também do Bonde.
No show seguinte, com a Banda Uó, vem a tropicalidade: com cabelos esvoaçantes, Candy puxava a coreografia de “Faz a Uó” (um tecnobreganejo talvez?), que tem um vídeo tutorial na internet ensinando os passos.
Quem não parecia entender muito o que estava acontecendo eram duas zeladoras do local. A mais jovem perguntava: “Qual o nome deles mesmo?”; já a mais velha, indagada se estava gostando, responde com certo desgosto: “Eu tô é imaginando o trabalho que vai dar pra limpar todo esse papel picado.”
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