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Novo disco da banda de Jack Black mistura humor escatológico e riffs de hard rock

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Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

11/09/2012 20h59

Mais conhecida como a banda do ator Jack Black (“Nacho Libre”, “Escola do Rock”), o Tenacious D tem seu novo disco, “Rize of the Fenix”, lançado no Brasil pela Sony Music. Terceiro em sua discografia, aposta na mistura de hard rock e humor que se tornou a marca registrada do grupo.

Musicalmente, o disco deve agradar principalmente quem curte bandas como Aerosmith ou Kiss, com riffs de arena e refrões bombásticos típicos dos anos 70. Mas o grande diferencial do Tenacious D é o humor, já que em nenhum momento eles parecem se levar a sério. Nesse sentido, estão mais próximos do Spinal Tap do que de qualquer outra banda clássica de rock.

Se o Spinal Tap brincava com a seriedade e pretensão de bandas como o Led Zeppelin, o Tenacious D acrescenta à fórmula um humor tipicamente adolescente. Vinhetas entre as canções e piadas constantes com referências à peidos e órgãos sexuais estão espalhadas por todo o álbum (a versão brasileira tem até um aviso de “não recomendado para menores de 18anos” na capa).  

Mudanças de ritmo e referências à outros estilos musicais aparecem o tempo todo. “Señorita” tem um clima mexicano que lembra mariachis tocando no meio do deserto. “Throw Down” vai numa linha blues rock, enquanto “Rock is Dead” é quase um rockabilly anfetaminado. Já “To Be The Best” é um metal farofa bem anos 80, que se não fosse o humor poderia estar na trilha sonora algum filme com Rocky Balboa.

O resultado final de todo esse caldeirão sonoro é curioso, mas nem sempre bem integrado, como uma mistura dos aspectos mais virtuosos de um Frank Zappa com o humor escatológico de comédias americanas como “Porky´s”.  O baterista Dave Grohl (Foo Fighters, Nirvana) toca na maioria das faixas, o que acrescenta algum interesse, e a banda conta com músicos realmente competentes e entrosados.

Mas a experiência de ouvir o Tenacious D acaba sendo não muito diferente de ouvir uma boa piada: engraçado na primeira vez, cada vez mais maçante em cada repetição. No fim das contas, os fãs do ator provavelmente vão se interessar mais do que os fãs do rock clássico que a banda tenta emular. E curiosamente, os menores de 18 certamente vão se divertir mais do que os adultos com o disco. 

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