Oito meses após bloqueio de lucros de "Ai Se Eu Te Pego", Michel Teló não foi notificado

O irmão e empresário de Michel Teló, Teófilo Teló, disse que o cantor não tem nenhuma ligação específica com discussão judicial sobre a autoria da música “Ai Se Eu Te Pego” e que, até o momento, não recebeu nenhum comunicado oficial sobre o bloqueio dos lucros da canção, que foi determinado pela Justiça em março, e multa de R$2 milhões por descumprimento da decisão.

“Eu já falei isso várias vezes, repeti várias vezes. O Michel não tem ligação nenhuma com este caso específico. Ele é apenas interprete na música ‘Aí Se Eu Te Pego’”, explicou Teófilo. Em entrevista ao site Portal do Correio, o advogado Márcio Garcia, que defende os interesses de autoria da música de três estudantes paraibanas, disse que se o cantor não pagar a multa de R$ 2 milhões por descumprir decisão judicial de depositar em uma conta no Banco do Brasil o dinheiro arrecadado com a venda da música, terá seus bens bloqueados.

Nesta quinta-feira (8), a 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça da Paraíba negou recursos do cantor Michel Teló e da Editora Musical Panttanal Ltda e manteve o bloqueio dos lucros e receitas da música “Ai se eu te pego”. A decisão foi por unanimidade.

Em nota, a assessoria de Michel destacou que “não recebeu qualquer comunicado oficial a respeito da discussão judicial de autoria da música ‘Ai Se Eu Te Pego’, de forma que qualquer informação a respeito é precipitada”.

Em março, o juiz da 3ª Vara Cível de João Pessoa, Miguel de Brito Lyra Filho, determinou que todo o dinheiro arrecadado com a música “Ai, Se Eu Te Pego” fosse bloqueado, até que o caso de três estudantes que reivindicam a autoria da canção seja julgado.

A liminar defende o interesse das estudantes paraibanas Marcella Ramalho, Maria Lucena e Amanda Cavalcanti, amigas que afirmam também ser as compositoras do refrão da música.

Para não confundir, Amanda Cruz, Aline Medeiros e Karine Assis Vinagre, que participaram da criação do refrão durante um voo para a Disney,  já se acertaram, assinaram acordo e passaram a receber pela música. As outras três, que se manifestaram, são as que “sobraram”, que se sentiram injustiçadas, e que afirmam também ter participado da autoria da música.

No documento, o juiz cita Sharon Acioly e Antonio Diggs, registrados como autores da música, a editora Panttanal, na qual a canção está registrada, a Teló Produções e o cantor Michel Teló, a gravadora Som Livre e a Apple. Tirando a Apple e a Som Livre, todos tiveram 60 dias para apresentar um balanço de tudo o que foi arrecadado com a canção.