Primeiro álbum do Rage Against the Machine completa 20 anos; relembre fatos e músicas
Considerado "um dos discos mais pesados de todos os tempos" pela revista "Q Magazine" e responsável por lançar hits como "Killing In The Name" e "Bombtrack", o álbum "Rage Against The Machine", primeiro do quarteto de Los Angeles, completou 20 anos no dia 2 de novembro. Mas é nesta terça-feira (27) que a banda faz sua comemoração lançando um box com conteúdo especial e que relembra momentos importantes de sua trajetória nas últimas duas décadas.
Em entrevista ao semanário britânico "NME", o guitarrista Tom Morello falou sobre o início da carreira e o lançamento do material. "De alguma forma, o tempo simplesmente fluiu, mas de outro jeito eu nunca pensei que viveria todo esse tempo. Olhar para 20 anos de 'F**k You I Won't Do What You Tell Me' [verso da música 'Killing In The Name'] é muito energizante", comentou.
Apesar de ser uma banda norte-americana, o Rage Against começou a fazer sucesso no Reino Unido, onde pouco após o lançamento do álbum fez uma apresentação no festival Reading para 65 mil pessoas. Plateias nervosas e shows tensos são parte importante da carreira do grupo. Morello atribuiu essa intensidade às letras e à espontaneidade do quarteto no palco. "Os fãs nos fazem sentir tão viscerais, em parte porque a emoção crua que você sente na música e que está nas letras e performances do Zack são reais".
Conhecida pela mistura de rock, rap e letras políticas, Morello lembrou que a energia da banda nos palcos quase acabou com o grupo. "Em qualquer momento aquela emoção bruta poderia ter rompido a banda. Nossa história inteira é uma corda bamba. Mas por outro lado pensávamos que poderíamos ser uma banda global e começar uma revolução global. Essa banda acendeu muitos incêndios".
DEZ FATOS CURIOSOS SOBRE O ÁLBUM
1. A versão sem censura de "Killing In The Name" tem o palavrão "f**k" cantado 17 vezes |
2. A demo original, gravada em 1991, era vendida por US$ 5 nos primeiros shows da banda |
3. A capa do álbum é uma foto do vencedor do prêmio Pulitzer Malcolm Browne, que clicou um monge vietnamita sendo queimado vivo em Saigon, em 1963. O monge protestava a opressão do governo contra o budismo |
4. Não foram usados samples, teclados ou sintetizadores para gravar o álbum |
5. O primeiro clipe de "Killing In The Name" foi proibido de passar na MTV norte-americana por causa do conteúdo explícito da letra |
6. O nome da banda e do álbum são tirados de uma música do vocalista Zack De La Rocha |
7. Com o sucesso do álbum, a banda estampou a primeira capa da revista britânica "NME" em 1993 |
8. O baterista do Jane's Addiction, Stephen Perkins, gravou uma bateria extra para "Know Your Enemy" |
9. "Wake Up" é uma das músicas dos créditos finais do primeiro filme "Matrix" |
10. "Killing In The Name" foi usada como uma campanha online e se tornou a faixa mais baixada em dezembro de 2009 |
Um dos "incêndios" causados pelo grupo é recente. A banda relançou "Killing In The Name" como parte de uma campanha de Natal criada por um fã e prometeu um show gratuito em Londres, caso a música alcançasse o primeiro lugar das paradas britânicas. O público atendeu e a banda retribuiu com o show no Finsbury Park, para 180 mil pessoas.
Na sua passagem pelo Brasil, a banda também tentou provocar com bonés do Movimento Sem Terra e um discurso que levou o público a invadir a pista premium do festival SWU, causando diversos momentos de tensão.
O box inclui uma versão remasterizada do primeiro CD do grupo, lançado em 1992, e outros materiais em diversos formatos, inclusive vídeos de bastidores da apresentação no Finsbury e músicas bônus como "Clear The Lane". Ainda não há data de lançamento para o Brasil. Nos Estados Unidos, a caixa custa US$ 95 (cerca de R$ 197).
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