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Pete Townshend defende que Keith Richards tivesse escrito biografia por conta própria

Pete Townshend concedeu entrevista ao "The New York Times" sobre suas preferências literárias - AP Photo
Pete Townshend concedeu entrevista ao "The New York Times" sobre suas preferências literárias Imagem: AP Photo

Do UOL, em São Paulo

03/12/2012 18h05

O guitarrista e escritor Pete Townshend, o lendário músico responsável por boa parte das músicas da banda britânica The Who, revela ao jornal norte-americano "The New York Times" suas preferências literárias. A entrevista, divulgada no dia 29 de novembro, traz um bate-papo de Townshend a respeito de livros, voltados ou não ao universo musical.

No texto, Townshend conta sobre como prefere as palavras dos próprios músicos quando o objetivo é traçar um perfil de artistas musicais. "Eu prefiro ler 'White Mischief' [livro do jornalista britânico Jamie Fox] do que "Life" [livro sobre vida de Keith Richards que contou com Fox como coautor]", reclama.

"Não há ninguém que eu ame ou admire mais que Keith Richards no rock. Eu só acho que ele deveria ter escrito tudo por conta própria. Tenho duas notas escritas a mãos por ele que dizem muito mais em poucas palavras. Assim como sua música [fala por si só]."

Townshend afirma não ter um livro favorito sobre música em geral ou mesmo uma biografia sobre músicos preferida. Mas ele consegue eleger o melhor título que já leu quando o assunto é livro de memórias. Na opinião do guitarrista, este posto é ocupado pela autobiografia de Ozzy Osbourne que, para Townshend, tem a vantagem de apresentar o argumento do próprio "Rei das Trevas" nas linhas.

"É ao mesmo tempo engraçada e comovente. Fez-me pensar que eu deveria jogar o manuscrito das minhas memórias fora e fazer uma festa na qual eu me taco da janela, mas não chego a morrer", brincou o músico.

Townshend confessa que somente começou a ter o hábito da leitura após deixar a casa dos pais e entrar em turnês com o The Who. "Quando era criança, eu adorava quadrinhos. Sou bom para desenhar e para contar histórias, e foi a partir daí que o meu interesse por narrativas começou", disse.