Vocalista do Bad Religion diz que banda ainda está criando legado
Banda de punk rock com 30 anos de carreira comemorados em 2010, a Bad Religion vai lançar um novo disco, intitulado "True North", no próximo dia 22 de janeiro.
Por conta da ocasião,Greg Graffin, vocalista e membro fundador do grupo, deu uma entrevista ao site da revista norte-americana "Billboard" em que falou sobre a longevidade da banda.
Entre as novidades do próximo disco está uma música intitulada "Fuck You", o que, para o vocalista, é um sinal da contínua evolução do grupo. "É estranho olhar para as mais de 250 faixas que gravamos e não ver nenhuma chamada 'Fuck You'", disse ele, explicando que o título tem tudo a ver com o nome e a atitude da banda.
Graffin também disse estar orgulhoso dos fãs da banda não ficarem pedindo para que eles toquem músicas de 30 anos atrás. "Sinto como se ainda estivéssemos criando nosso legado e isso é muito original".
Para o vocalista, a constante renovação criativa que trabalhar com música exige é um dos fatos que explica o porquê da banda não ter ficado entediada com o tempo.
"A outra coisa que nos dá vitalidade, eu acho, é o fato de que todos nós fazemos outras coisas em nossas vidas. Brett Gurewitz (guitarrista) administra a Epitaph Records, provavelmente um dos selos independentes de maior sucesso no mundo. Eu passei uma temporada escrevendo meus livros e dando palestras sobre evolução na Cornell University", explicou.
Graffin falou sobre a decisão de não terem o grupo como principal fonte de trabalho. "Quando éramos jovens, pensávamos que o Bad Religion era a única saída para a nossa criatividade, mas não deixamos essa ideia nos consumir". disse.
O cantor também contou que com o passar dos anos as reuniões dos membros da banda para turnês e gravações passaram a ser como encontros de família. "São como as celebrações dos feriados".
O novo disco do Bad Religion surgiu depois da constatação de que todos os integrantes são pais e que seus filhos estão com a mesma idade que os membros tinham quando a banda começou.
"É estranho, porque assistir à luta de suas crianças é quase tão difícil quanto passar pela sua própria. Isso foi muito relevante para escrever canções que não só são verdadeiras para um público mais velho, mas jorram verdades revitalizadas que afetam as pessoas em todas as idades".
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