Topo

Vocalista do Bad Religion diz que banda ainda está criando legado

A banda Bad Religion, que completou 30 anos de carreira em 2010 - Stephan Solon/ Divulgação
A banda Bad Religion, que completou 30 anos de carreira em 2010 Imagem: Stephan Solon/ Divulgação

Do UOL, em São Paulo

14/01/2013 18h48

Banda de punk rock com 30 anos de carreira comemorados em 2010, a Bad Religion vai lançar um novo disco, intitulado "True North", no próximo dia 22 de janeiro.

Por conta da ocasião,Greg Graffin, vocalista e membro fundador do grupo, deu uma entrevista ao site da revista norte-americana "Billboard" em que falou sobre a longevidade da banda.

Continua após publicidade

Entre as novidades do próximo disco está uma música intitulada "Fuck You", o que, para o vocalista, é um sinal da contínua evolução do grupo. "É estranho olhar para as mais de 250 faixas que gravamos e não ver nenhuma chamada 'Fuck You'", disse ele, explicando que o título tem tudo a ver com o nome e a atitude da banda.

Graffin também disse estar orgulhoso dos fãs da banda não ficarem pedindo para que eles toquem músicas de 30 anos atrás. "Sinto como se ainda estivéssemos criando nosso legado e isso é muito original".

Para o vocalista, a constante renovação criativa que trabalhar com música exige é um dos fatos que explica o porquê da banda não ter ficado entediada com o tempo. 

"A outra coisa que nos dá vitalidade, eu acho, é o fato de que todos nós fazemos outras coisas em nossas vidas. Brett Gurewitz (guitarrista) administra a Epitaph Records, provavelmente um dos selos independentes de maior sucesso no mundo. Eu passei uma temporada escrevendo meus livros e dando palestras sobre evolução na Cornell University", explicou.

Graffin falou sobre a decisão de não terem o grupo como principal fonte de trabalho. "Quando éramos jovens, pensávamos que o Bad Religion era a única saída para a nossa criatividade, mas não deixamos essa ideia nos consumir". disse.

O cantor também contou que com o passar dos anos as reuniões dos membros da banda para turnês e gravações passaram a ser como encontros de família. "São como as celebrações dos feriados".

O novo disco do Bad Religion surgiu depois da constatação de que todos os integrantes são pais e que seus filhos estão com a mesma idade que os membros tinham quando a banda começou.

"É estranho, porque assistir à luta de suas crianças é quase tão difícil quanto passar pela sua própria. Isso foi muito relevante para escrever canções que não só são verdadeiras para um público mais velho, mas jorram verdades revitalizadas que afetam as pessoas em todas as idades".

7 Comentários

Essa discussão está encerrada

Não é possivel enviar novos comentários.

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.

Marcelo Montebras

Nossa, existe algo mais pop* que "Ramones", "Sex Pistols" e "The Clash"??? Acho que apenas o "Green Day" consegue isto. Sendo o punk um estilo de vida e de ação (sobre tudo ação social), posso abertamente falar que "U2" e "Bon Jovi" são boas bandas punks, embora a sonoridade seja pop rock, essas bandas são genuinamente ATIVISTAS. Quanto ao Bad Religion, eles são, sem duvida, um dos maiores expoentes do punk rock, tanto musicalmente quanto nas questões sociais. A banda tem mais de 30 anos, atingiu um certo sucesso e hoje não é tão popular quanto nos anos 90 (e isso é ótimo), porém continua brilhando, mesmo com essa porcaria de disco chamado "TRUE NORTH". *precisamos aqui dizer que o nome "pop" está estigmatizado como sendo sinônimo de "porcaria", mas pop verdadeiramente é o que cai no gosto popular, isso pode ser ruim ou bom, mas não necessariamente ruim. Funk é pop, isto é ruim. A revolta contra os políticos é pop, isto é bom!

mick43

Não há necessidade de ficarem irritados com a minha opinião! Afinal a liberdade de expressão é salutar, e o ato democrático é uma questão de respeito! Não quero enfatizar que o Bad Religion é uma banda ruim, muito pelo contrário. O que eu quis relatar é que não os vejo como grande destaque do ponto de vista punk. Suas letras são politizadas e de contexto crítico social, mas acredito que o punk vai muito além disso! É isso, não vejo razões para se irritarem. Agora não querer aceitar o Sex Pistols e o The Clash como os verdadeiros expoentes do cenário punk é não querer remeter a história do movimento!! Um forte abraço há todos!!

publicidade