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Lenine traz a SP show do CD "Chão", que teve participação do canário de sua sogra

25.jan.2013 - Capa do décimo álbum do cantor Lenine, "Chão" - Divulgação
25.jan.2013 - Capa do décimo álbum do cantor Lenine, "Chão" Imagem: Divulgação

James Cimino

Do UOL, em São Paulo

26/01/2013 07h15

Dentre as atrações que a cidade de São Paulo oferece nesse feriado em que completa 459 anos está o novo show do cantor pernambucano Lenine. Ele acaba de lançar “Chão”, seu novo álbum em que inova na sonoridade, tendo inclusive a inusitada participação de Frederico, o canário de sua sogra, na faixa “Amor É pra Quem Ama”.

Mas não é apenas o canto do passarinho que o ajudou a moldar esse novo trabalho. A máquina de lavar de sua casa, que sempre está a trabalhar entrou em “Seres Estranhos”; uma árvore sendo derrubada por uma motosserra encerra “Envergo, mas não quebro”.

“Em cada projeto eu mergulho de maneira diferente. Nesse eu queria sem bateria nem percussão, para me arriscar em outras sonoridades. Quando fui fazer as primeiras gravações no estúdio do meu filho, que fica na casa da minha sogra, a porta ficou entreaberta e o som do canário entrou no estúdio. Meu filho Bruno percebeu que ele estava cantando em harmonia com a música que estávamos fazendo. A partir daí passei a compor todas as músicas a partir desses sons”, contou Lenine ao UOL, por telefone.

O cantor destacou ainda que nenhum dos sons cotidianos presentes ao disco foi manipulado ou editado. Foram capturados diretamente da natureza. Inclusive enxerga semelhanças entre “Chão” e o aclamado longa metragem pernambucano “O Som ao Redor”, de Kleber Mendonça Filho. “Tanto meu disco quanto o filme trazem um trabalho de ambientação sonora. Ele [o filme] tem tudo a ver com ‘Chão’ [o álbum]. Eles falam de som e urbanidade. E meus discos sempre partem de uma imagem, de uma palavra. Têm a ver com som, com luz, com cinema...”

Quem for aos shows, que acontecem neste sábado (26), às 21h, e domingo (27), às 19h, no Auditório Ibirapuera, poderá ter essa “experiência sensorial”. “É um show quadrifônico. Meio ‘surround’, como essas salas de cinema. Tem caixas espalhadas pela plateia, então às vezes a música começa do fundo e vem para a frente, às vezes ela se cruza no meio. O canto melancólico das cigarras que tem em uma das músicas envolve o público. A vedete não é o cantor, é a música.

Serviço
Lenine - Chão
Quando e onde: Sexta-feira, (25, às 21h), sábado (26, às 21h) e domingo (27, às 19h)
Auditório Ibirapuera (Zona Sul, Avenida Pedro Álvares Cabral, 0 - Parque do Ibirapuera - Portão 3 - Ibirapuera
Quanto: R$ 20 e R$ 10 (ingressos esgotados)
Mais informações: http://www.auditorioibirapuera.com.br/