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Vizinho confirma para polícia que ouviu barulhos no apartamento de Chorão às 6h de terça

Do UOL, em São Paulo

08/03/2013 10h53

A polícia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa continua a investigação para descobrir as circunstâncias da morte do cantor Chorão, vocalista da banda Charlie Brown Jr..

O delegado Itagiba Franco, da Polícia Divisionária do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), contou para o UOL que realizou na manhã de ontem uma busca pelos equipamentos com as imagens de segurança do prédio. E que colheu depoimentos com o síndico e o gerente de um hotel na capital, onde Chorão ficou hospedado antes de ir para seu apartamento em Pinheiros.

"Mas eles não deram nenhuma informação importante que colocasse luz ao caso", disse.

Itagiba confirmou também que ouviu depoimentos dos vizinhos de apartamento do cantor. Um vizinho relatou ter ouvido um barulho muito grande vindo do apartamento de Chorão, no 8º andar, na manhã da última terça-feira (5), por volta das 6h15. Mas que quando retornou para sua residência, na noite do mesmo dia, não ouviu mais nada.

Novas imagens do apartamento de Chorão foram divulgadas ontem e mostraram um cenário de caos: pisos de madeira arrancados do chão, uma parede com um buraco - provavelmente causado por um soco ou chute -, além de medicamentos e um pó branco.

O delegado espera receber ainda hoje no DHPP a amostra de sangue colhida de Chorão no IML para poder, enfim, emitir um laudo sobre o que teria causado a morte do cantor. Itagiba confirmou também que deve ouvir depoimentos do motorista e segurança de Chorão nesta sexta-feira (8).

O apartamento de Chorão em Pinheiros já está liberado para a família.

Hoje os porteiros do edifício Occto Morás deverão ser ouvidos oficialmente pelo delegado responsável pelo caso, Itagiba Franco. Anteriormente eles já haviam prestado um depoimento que consta no relatório preliminar de investigação da Polícia Civil.

Na ocasião, relataram que "não viram mais a pessoa de Chorão desde segunda a noite, e que o mesmo não recebeu visita". Eles deverão confirmar as informações prestadas anteriormente para o DHPP.

No boletim de ocorrência os policiais peritos também relataram a presença de "envólucros contendo uma substância branca, provavelmente designada como cocaína".