Atual turnê com Neil Young pode ser a última, diz guitarrista do Crazy Horse
A atual turnê de Neil Young com o Crazy Horse pode ser a última colaboração entre o cantor e a banda. De acordo com o guitarrista e vocalista do Crazy Horse, Frank “Poncho” Sampedro, a idade dos integrantes pode falar mais alto em breve. “Você não pode enganar o tempo”, disse à revista “Rolling Stone”.
A antiga colaboração já rendeu discos clássicos como “Everybody Knows This Is Nowhere” (1969) e “Zuma” (1975) e é apontada como a fase mais roqueira do cantor canadense. Após quase 10 anos sem trabalharem juntos, Neil Young e Crazy Horse voltaram ao estúdio– que rendeu dois discos: “Americana” e “Psychedelic Pill” – e aos palcos em 2012.
10.fev.2012 - Neil Young e o guitarrista da Crazy Horse, Frank "Poncho" Sampedro, no evento "MusiCares Person of the Year", organizado por Paul McCartney, em Los Angeles (EUA)
Juntos, a trupe tem cruzado a América do Norte, Austrália e Nova Zelândia e já tem shows marcados no Reino Unido e Europa no verão.
“Eu tenho 64 anos e sou o bebê da banda”, brinca Frank. “Eu adoro tocar e estamos tocando tão bem como nunca, mas em algum momento algo pode atingir qualquer um de nós. Meu instinto me diz que esta é realmente a última turnê", acrescentou.
A julgar pelo último disco de inéditas, “Psychedelic Pill”, não há nenhum sinal de velhice. Com distorção e guitarras no talo, o disco duplo traz canções nascidas de jam sessions – algumas chegam a ter mais de 20 minutos de duração. No palco, Frank afirma que os shows exigem muito do corpo. “É preciso muita energia parar tocar.”
De acordo com Frank, até Neil Young, aos 67 anos, já tem que se adaptar. “O pulso dele incomoda e ele tem que enfaixá-lo toda vez que toca.”
A atual turnê, porém, deve seguir até o fim do ano, quando provavelmente será lançado um álbum ao vivo. Considerando a possibilidade de Neil Young tocar com suas antigas bandas, Buffalo Springfield e Crosby, Stills and Nash, o guitarrista avista a aposentadoria: “Você não esperar que isso aconteça novamente em cinco anos”.
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