Polícia analisa vídeos de show em investigação de morte de funkeiro
Foi aberto nesta segunda-feira (8) um inquérito policial no setor de Homicídios da Polícia Civil de Campinas para investigar a morte do funkeiro MC Daleste, que ocorreu no sábado, na cidade do interior de São Paulo. Daleste, que tinha 20 anos, morreu após ser atingido por um tiro no tórax, por volta das 22h30, enquanto cantava em uma festa julina no bairro San Martin, em Campinas (a 93 km de São Paulo).
A Polícia Civil de Campinas está organizando uma força-tarefa com delegados e investigadores para apurar o caso.
Segundo o delegado Oswaldo Diez Junior, da Delegacia Seccional de Campinas, estão sendo analisadas imagens de vídeos gravados durante a apresentação e a polícia vai colher depoimentos de testemunhas. Porém, o delegado não deu detalhes sobre os depoimentos.
Diez Junior afirmou também que, em relação às motivações para o crime, por enquanto, "nenhuma possibilidade é descartada".
O funkeiro foi enterrado por volta de 9h40 desta segunda-feira (8), no cemitério da Vila Formosa, na região leste de São Paulo. Centenas de fãs acompanharam o enterro cantando músicas do artista.
Após o disparo, a vítima chegou a ser socorrida e levada para o Hospital Municipal de Paulínia. Ao UOL, a instituição informou que a bala atingiu o tórax do cantor. Ele foi levado para o centro cirúrgico, mas morreu à 0h55.
"Meu irmão não tinha inimigos, ele era da paz. Não consigo imaginar quem possa ter feito isso com ele. Quero justiça. O criminoso tem que ser preso", afirmou ao UOL Rodrigo Pellegrine, 26 anos, irmão e parceiro musical de Daleste. Rodrigo estava no palco no momento em que o MC foi baleado.
Daleste fazia parte do grupo de funkeiros que canta "funk ostentação" ou "funk paulista", em que temas de preocupação social dão lugar a letras sobre dinheiro, marcas de roupa, carros, bebidas, joias e mulheres. O funkeiro cantava os hits "Gosto Mais do que Lasanha" e "Mais Amor Menos Recalque", esse último já foi reproduzido mais de 1 milhão e 600 mil vezes no YouTube. Em outra canção, "Apologia", o MC escreveu "Matar os policia é a nossa meta / Fala pra nois quem é o poder / Mente criminosa coração bandido / Sou fruto de guerras e rebeliões".
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