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Nomes como Latino e Magal substituem bandas em casamentos e formaturas

Thays Almendra

Do UOL, em São Paulo

18/07/2013 00h05

Eles trocaram os palcos de shows convencionais por festas fechadas, mais especificamente por casamentos e formaturas. Latino, Molejo, Del Rey, Buchecha, Sidney Magal e Sambô são os mais pedidos neste tipo de comemoração e chegam a fazer 15 shows por mês com cachês que variam de R$ 28 mil a R$ 100 mil.

No último final de semana, Latino fez show em um dos casamentos mais comentados dos últimos tempos. A neta do principal empresário do setor de transportes no Rio, Jacob Barata, Beatriz Barata casou-se com Francisco Feitosa Filho na Igreja Nossa Senhora do Carmo, no Rio, e fez a festa no Copacabana Palace em meio a protestos contra o alto custo das comemorações, que, segundo os manifestantes, “foram pagas com dinheiro público”.  

Quanto custa contratar um cantor ou uma banda famosa

CantoresValores de cachês
LatinoR$90 mil
MolejoR$50 mil
Marcos e BeluttiR$100 mil
BuchechaR$40 mil
SambôR$100 mil
NaldoR$110 mil
Sidney MagalR$28 mil

De acordo com a assessoria de Latino, em uma festa como essa, o cachê do cantor pode variar de R$ 80 mil a R$ 90 mil com 1h20 de show e banda que o acompanha. Segundo o gerente de produção da Stillo's Formaturas, Valdir Fagundes Júnior, Latino está também entre os mais pedidos em festas de conclusão de cursos universitários e “é o melhor em custo-benefício”. “Ele tem um show completo, se entrega e as pessoas se divertem muito”.

Naldo, Anitta, Buchecha, Sambô, Banda Eva e Sidney Magal também são citados por Valdir entre os mais requisitados por formandos. “Hoje a formatura está mudando de nome, está virando um show mesmo. Não é mais aquela comemoração tradicional. Temos sempre que colocar uma atração principal - show de cantores conhecidos - uma atração sertaneja e uma banda de abertura”, explicou ele. O gerente de produção acredita que, em breve, até Ivete Sangalo se renderá a esse tipo de apresentação.

Del Rey começou como banda de casamento por acaso


A banda Del Rey descobriu que sua praia era tocar em festas de casamento quando a sogra do vocalista China decidiu fazer bodas de prata. Como eles não tinham dinheiro para presenteá-la, ofereceram um show da banda.

“Eu acho muito divertido. Esse tipo de festa é um jogo ganho. Todo mundo está se divertindo e é só você subir ao palco. Fazemos o show exatamente como faríamos em uma casa de show normal, tem brincadeira e é muito diferente de uma banda de baile”, disse China.

“É mais rentável porque o evento já está lotado”
Com o funk em alta, Rafael Mourão, formando de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie fez parte da comissão de formatura e realizou o baile no último sábado (13) com shows de Naldo, Banda Eva e Bonde do Tigrão. Cada aluno pagou uma média de R$ 3.500 e tinha direito a dez convites, que, avulsos, chegaram a custar R$ 310. “O show em si é um chamariz. Acaba atraindo mais adesões para a formatura”, explicou.

O funkeiro Buchecha diz que “ri à toa” com essa mudança no perfil de festas de casamentos e formaturas. Para ele, “é mais rentável porque o evento já está lotado e tem coisas gostosas para comer no camarim”. “A maior importância disso tudo é o crescimento do mercado musical. Antigamente eram as bandas de baile, agora são artistas renomados. Não existe mais preconceito”, disse o cantor, que cobra R$ 40 mil por show com exigências de 19 passagens aéreas, três vans, R$ 1.950 diários para alimentação da equipe e 19 estadias em hotel.

Também adepto da nova tendência, o grupo de pagode Molejo, famoso na década de 90 pelos hits "Brincadeira de Criança", "Dança da Vassoura" e "Paparico", diz que gostaria de estar mais presente na mídia do que em festas fechadas. “Seria maravilhoso tocar sempre em grandes festivais para 10 mil a 100 mil pessoas, mas é preciso também se adaptar ao mercado para sobreviver”, disse o vocalista Anderson. Com 15 shows por mês, ele conta que, nos bailes, o repertório é eclético e que existe sempre um público saudosista que quer os hits antigos.

“A galera pirou. Sidney Magal é um showman”

  • Sidney Magal embala casamento de Caroline Romero e Humberto Silveira

Em setembro de 2012, Caroline Romero e Humberto Silveira casaram-se e, para a festa, contrataram o show de Sidney Magal. A empresária quis fazer uma surpresa ao marido e, por meio de uma assessoria de casamentos, programou o cronograma da festa. “Ela tentou fazer a surpresa, mas quando olhei o line-up tinha umas lacunas e descobri que ela havia chamado o Sidney para nossa festa. Fiquei muito feliz”, contou Humberto, que é fã do cantor de "Sandra Rosa Madalena" e todo ano frequenta festas de música brega no interior de Minas Gerais.  

O UOL apurou que Sidney Magal cobra R$ 28 mil para cantar em playback por 40 minutos. Como exigências, pede duas passagens aéreas, R$ 3.000 referentes a hospedagens, 14 rosas vermelhas, toalhas, cestas com frutas, bandejas de minissanduíches, canapés e doces variados, 12 latas de refrigerante e 12 caixinhas de água de coco.

Para Humberto, o show valeu "cada centavo investido". “A galera pirou. Sidney Magal é um showman. Se eu casasse de novo, chamaria ele novamente”, disse ele.

31 Comentários

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Piri goiano

Até que eu aceitaria receber 90 mil pro Chatino tocar na minha festa. Eu ia ficar tão bêbado que nem ia perceber que ele tava lá... e ainda ia querer sair com alguma dançarina dele

Izabel Hiar

Nossa! Mas que gente estressada. Bem que eu queria o Sidney Magal na minha formatura hahaha. Vcs já foram no show dele?! Não né! Tive a oportunidade de assistir na Virada Cultural, e é SENSACIONAL! Agita todo mundo, até roqueiro entra na brincadeira. Ok, os valores são altos, mas a diversão é garantida!!! (e na boa, é o que qualquer formando quer) ¬¬'

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