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"A gente cresce, os fãs também crescem", diz Hanson, que lançou cerveja nos 21 anos de carreira

Maria Martha Bruno

Do UOL, no Rio

19/07/2013 16h32

A chegada à maioridade veio com o tempo de carreira e com a evolução musical, simultaneamente. Ao completar 21 anos de estrada, o trio americano Hanson lançou uma cerveja própria, “Mmmhops”, e amadurece seu som cada vez mais, com influências que vão desde a Motown ao Pink Floyd.

Mas algumas coisas restam, inegavelmente. “Somos mais músicos que popstars. Exceto o Zac, que é sex symbol”, brincou o irmão vocalista Taylor, de 30 anos, sobre o caçula baterista, de 27. O grupo concedeu uma coletiva nesta sexta-feira (19) em um hotel no Rio de Janeiro, um dia antes do início de sua turnê pelo Brasil. 

A banda visita o país pela quinta vez, para divulgar o novo álbum “Anthem”. A turnê começou em Buenos Aires esta semana e chega ao Rio no sábado (20) e a São Paulo no domingo. Os rapazes justificaram o início pela América Latina devido às raízes da família, que já viveu no Equador e na Venezuela em um passado distante, que quase não deixa referências musicais no som do grupo. No “pocket show” que antecedeu à entrevista, “Get the girl back”, o primeiro single do novo disco, exibia um som mais maduro, mas longe de qualquer flerte com latinidades. 
 
O selo próprio, gerenciado há dez anos, é uma constatação das mudanças com o passar dos anos e afirmação da maturidade do grupo. “Não é que seja chato, mas exige cérebro. Não passa tanto pelo lado criativo”, definiu, comedido, Taylor. “E também é mais estratégico”, completou o guitarrista Isaac (32), o mais velho e mais quieto do grupo.
 
Com idade para beber
A cerveja, lançada este ano na estreia da terceira parte do filme “Se beber não case”, também mostra o interesse do Hanson em outros negócios. “A gente cresce, nossos fãs também crescem. É como se o Hanson agora chegasse aos 21 anos e finalmente pudesse beber”, brincou Taylor.  
 
As reluzentes alianças exibidas por Isaac e Taylor são outro sinal de como os irmãos que começaram tão cedo na música vivem o momento balzaquiano.  Taylor já é pai de cinco filhos, Isaac de dois e Zac (o único sem aliança) espera o terceiro. Pais de família, empresários e com uma sólida carreira de mais de duas décadas, apesar expressão mais madura, inevitavelmente eles seguem com a simpatia e algumas atitudes de bons moços: “Conseguimos dar conta de tudo isso com bastante café”, brincaram Isaac e Taylor. 
 
O início precoce e a relação com o passado parecem bem resolvidos.  Zac contou que não há pudores em tocar hits como “Mmmbop” ao vivo. “Depois de vários anos ainda estamos orgulhosos de muitas coisas que compusemos. Tem certas músicas que representam momentos diferentes na história de cada pessoa. Quando vou assistir às minhas bandas preferidas, também quero ouvir determinadas canções, que fazem parte da minha vida. Então há certas músicas que tocamos mais por essas razões”.
 
Taylor naturalizou o sucesso precoce da banda, durante a adolescência do trio. “Como a maioria dos músicos, começamos a tocar jovens. Isso aconteceu com todos que admiramos, como Paul McCartney e Elton John. O plano não era fazer sucesso tão cedo. A nossa sorte é que aconteceu quando ainda erámos bem jovens”. 
 
Encontro com Jonas Brothers
Embora tenham dito que nunca gostaram de ser chamados de “boy band”, os irmãos reconhecem que alguns de seus padrões se repetem. Os três conheceram os Jonas Brothers há poucas semanas. Encontraram semelhanças, mas ressaltaram as diferenças. “São irmãos que fazem música e trabalham duro também. Mas musicalmente são muito distintos de nós”, resumiu Taylor.