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Rock in Rio planeja distribuição de eco bag para evitar lixo no chão

Fabíola Ortiz

Do UOL, no Rio de Janeiro

15/08/2013 16h08

A pouco menos de um mês para a abertura dos portões do Rock in Rio 2013, a organização do evento ainda estuda uma maneira de contornar um erro do passado: o acúmulo de lixo após os dias de show. "Independente da campanha educativa que estamos fazendo, não está resolvido ainda, mas pensamos em dar uma bag ecológica", disse Roberto Medina, presidente e criador do festival. O festival acontece nos dias 13, 14, 15, 19, 20, 21 e 22 de setembro.

  • Rodrigo Teixeira/UOL

    No Rock in Rio de 2011, a Cidade do Rock amanhecia com lixo espalhado pelo chão

Na edição de 2011 do Rock in Rio foram recolhidas 331 toneladas de lixo acumulados durante os sete dias de evento. Pela Cidade do Rock estavam distribuídas 720 latas, mas ao final de cada dia se via grande parte de resíduos espalhados pelo chão. "Em Portugal [onde também ocorre uma edição do festival], quando acaba o evento é mais limpo do que quando começou. Aqui é uma loucura, vamos tentar trabalhar esse assunto", comparou Medina. Complementar ao evento, a organização já faz campanhas educativas pela capital fluminense.

Outra questão que os organizadores já estão se preparando para lidar é o caso de haver protestos e manifestações dentro do evento, como aqueles que continuam acontecendo Brasil afora. "Isso aqui é um evento privado e particular, não tem nada a ver [ocorrer protestos]. O resto é com o Estado, e não com a gente", disse Medina, ressaltando que os frequentadores continuarão passando por revistas com detector de metal.

Em 28 anos de festival, divididos em edições no Brasil e na Europa, o Rock in Rio bate agora a marca de 900 bandas já escaladas. Para Medina, nenhuma atração faltou para este ano, que terá mais espaço para o heavy metal. "Há muito tempo eu queria fazer um festival com dois dias de heavy metal, e consegui. O Bruce Springsteen vai ser o maior show [de duração] disparado do Rock in Rio. Terá 3h30 e é impressionante. Eu não conhecia [o show dele], conheci em Portugal".

Frequentemente questionado pela ausência de U2 e Madonna na programação, o empresário justificou que o primeiro não se apresenta em festivais e a segunda ainda não veio por falta de agenda. "Sempre quando acabam [os festivais], já vou para o próximo. Virou um modelo internacional. Estou trabalhando duro para levar aos Estados Unidos. É uma diferença brutal de som, luz e estrutura. Não dá para comparar o evento americano do que a gente faz aqui. É um escândalo, o Rock in Rio é melhor", defendeu.

Menos público para mais conforto
Com 150 metros quadrados, a Cidade do Rock já está com 80% das estruturas montadas e vai manter o visual semelhante à edição de 2011. Com orçamento estimado em R$ 125 milhões, a novidade é a redução da expectativa diária de público, que passou de de cem mil pessoas em 2011 para 85 mil.

"Não houve um consenso para reduzir este número de público, mas a ideia é dar mais conforto. [Em 2011] No caminho da roda-gigante para a Rock Street, por exemplo, a circulação afunilava", lembrou Roberta Medina, vice-presidente do evento e filha do empresário idealizador.

Estruturas da Cidade do Rock
O Palco Mundo --onde as atrações principais irão se apresentar a partir das 17h no primeiro dia e das 18h30 nos demais --terá cerca de 80 metros de comprimento e 25 de altura. "A iluminação vai ser completamente diferente [da outra edição]. Tem toda uma parte de tecnologia com LED", adiantou Roberta. Neste palco subirão nomes como Beyoncé, Muse, Metallica, Bon Jovi, Bruce Springsteen e Iron Maiden, além dos nacionais Ivete Sangalo, Capital Inicial, Jota Quest, Sepultura, Frejat e Skank, entre outros.

Antes disso, o Palco Sunset, que cresceu em sete metros de boca de cena, receberá a partir das 14h40 artistas como Living Colour, Maria Rita, The Offspring, Autoramas, Marky Ramone, George Benson, Nando Reis, Sebastian Bach e Rob Zombie, entre outros nomes.

Na Rock Street, com 150 metros de extensão, a homenagem será à cultura britânica com cenários que remetem ao clima do bairro londrino Camden Town e da rua irlandesa Grafton Stree.A principal atração será a reprodução da última apresentação ao vivo dos Beatles, feita em 1969, no alto do edifício-sede da Apple Records, em Londres. Uma banda cover do quarteto de Liverpool vai reviver nos dias 13, 14 e 15 de setembro o momento histórico do grupo.

A tenda eletrônica, que funcionará a partir das 22h30, terá um formato de uma aranha gigante. A pista receberá DJs como Otto Knows, Sweet Beats, Vitalic, Mau Mau, DJ Harvey, Gesaffelstein, Gaslamp Killer, Paul Oakenfold, Dexterz e DJ Vibe.

A área VIP cresceu em extensão com mais 20 metros e terá capacidade para receber 4.000 convidados, e não mais 3.000 como em 2011. Os brinquedos temáticos voltam a fazer parte do festival. A roda-gigante de quase 30 metros será de acrílico, e não mais grades. Continuam também a montanha russa e a tirolesa. O Free Fall passou de 15 metros para 40 metros de altura.

A abertura do evento será recebida com uma queima de fogos de três minutos de duração, além de um show de fogos de artifício na abertura do Palco Mundo e, ao final de todos os dias de evento, a queima terá cinco minutos de duração.