"Let's Get It On" completa 40 anos de união entre sexo e música pop
Os tempos eram bicudos em 1973. O sonho hippie de outrora jazia na sepultura. A crise do petróleo, com consequência catastrófica para a economia, se avizinhava rapidamente. Gigantes da música internacional começavam a dar claros indícios de crise criativa.
A solução para tudo isso era falar de sacanagem. Para o desespero da igreja e das famílias conservadoras, músicos, produtores e executivos começaram a sacar na década de 1970 o poder de marketing da cópula na música.
Beatles ("Why Don't We Do It In The Road?") e Serge Gainsbourg ("Je T'aime... Moi Non Plus"), por exemplo, já haviam versado de forma mais direta sobre o tema, mas foi apenas com "Let's Get It On" (1973), de Marvin Gaye, que sexo e música pop tiveram sua profana união celebrada.
A ironia é que o álbum, que comemora 40 anos nesta quarta-feira (28), foi concebido como uma louvação a Jesus Cristo. Gaye, fanático por religião, mudou radicalmente de ideia durante as gravações, ao conhecer uma insinuante garota de 17 anos, Janis Hunter, com quem se casaria seis anos depois.
Com o pecado nas letras --modificadas-- e inteiramente dedicado às consequências de um convite sexual, "Let's Get It On" tornou-se paradigma na soul music. Abriu precedente e gerou instantaneamente um novo gênero, popularmente chamado de "fuck music".
Para celebrar o aniversário do clássico álbum, o UOL selecionou dez discos importantes para se ter em casa na ocasião --e boa parte deles nem sequer existiria sem "Let's Get It On".
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