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"Só porque morreu virou ícone?", questiona líder do Kiss sobre Kurt Cobain

O baixista do Kiss, Gene Simmons - Reprodução
O baixista do Kiss, Gene Simmons Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

04/10/2013 15h58

O baixista e líder da banda nova-iorquina Kiss, Gene Simmons, afirmou em entrevista a uma rádio digital que artistas como Kurt Cobain, do Nirvana, e Amy Winehouse não podem ser considerados ícones da música, pois lançaram apenas alguns poucos álbuns. As informações são do site da revista britânica "NME".

"Um ou dois álbuns não são suficientes. Só porque você morreu isso faz de você um ícone? Não, não", afirmou, em entrevista à Team Rock Radio.

A declaração foi dada enquanto Simmons comentava o atual estado da indústria musical, em entrevista na qual defendeu a importância de grandes selos em apoiar artistas para que tenham carreiras de longo prazo. "A internet é um experimento fascinante, mas no fundo é um estado de coisas muito triste para as novas bandas", disse.

Para o baixista da banda conhecida, sobretudo, pelo fato dos integrantes pintarem a cara, "não haverá outro Beatles ou outro Prince ou outro Kiss porque não há um sistema de apoio, não há gravadoras porque as crianças decidiram que elas podem baixar e compartilhar arquivos e contornar o pagamento que os artistas deveriam estar recebendo".

O músico comparou a indústria musical entre 1958 e 1983 com a pós-1984, citando artistas que poderiam ser considerados "ícones". "Elvis Presley, The Beatles, Rolling Stones, Jimi Hendrix, The Who e por aí vai. E nos anos 70 Aerosmith, Kiss, Led Zeppelin. Agora desde 1984, nomeie um superstar, e não alguém que tenha gravado apenas um ou dois discos", questionou.

O artista afirmou que muitas bandas estão adotando o "modelo Radiohead", onde fãs pagam o que querem pelo álbum, "mas que isso não funciona".