Topo

O Rappa afasta clima nublado e homenageia Mandela e Champignon em festival

Tiago Dias

Do UOL, em São Paulo

07/12/2013 18h50

Grande atração nacional do Summer Break Fest, que aconteceu neste sábado (7), em São Paulo, e vai para o Rio de Janeiro no domingo (8), no Citibank Hall, O Rappa subiu ao palco com o status de banda consagrada, seu característico som que funde reggae, dub e rock, e homenagens ao líder sul-africano Nelson Mandela, morto na última quinta-feira, e ao baixista do Charlie Brown Jr., Champignon, que morreu em setembro.

O vocalista Falcão pediu um minuto de palmas ao ex-presidente, relembrando sua luta contra o apartheid. “Direitos iguais e liberdade, salve Mandela”, disse, após a banda tocar “Mar de Gente”.

O público não só respondeu, como vibrou com os hits e as canções novas do disco “Nunca Tem Fim”, lançado em 2013, após 5 anos sem um álbum de inéditas e coroando o fim de um período sabático longe dos palcos. “Anjos” e “Auto Reverse”, canções da nova safra, conseguiram manter o público feliz, que dançava sem medo da chuva.

Mesmo com o clima nublado que pairava sob o Campo de Marte, onde o festival ainda apresenta Incubus e Dave Matthews Band, o público que já enchia a pista, vibrou com os hits, como “O Que Sobrou do Céu” e “Lado B Lado A”, que abriu o show com problemas no som.

“Uma das coisas que eu mais gosto é ouvir seu baixo. Enquanto não der pra ouvir, não dá pra começar”, reclamou Falcão, abraçando o baixista Lauro. Na terceira tentativa, o baixo, já alto e pulsante, fez a base para uma versão mais lenta e regueira da música que também dá nome ao álbum lançado em 1999 e que elevou a banda ao status nacional. Vale dizer, nenhuma gota havia caído até o fim do show.

Champignon, amigo da banda, foi lembrado com a cover “Zóio de Lula”. “Não adianta, a gente nunca vai esquecer aqueles dois vagabundos filhas da puta”, disse Falcão, cedendo o microfone ao ex-segurança de Chorão, líder do Charlie Brown Jr, também morto este ano. Em seguida, cantou “Súplica Cearense”, do disco “7 Vezes”.

A banda ainda recebeu Jacob Hemphill, vocalista do Soja (sigla para Soldiers of Jah Army), que cantou com Falcão em “Mar de Gente”.

A banda de reggae de Virginia, nos Estados Unidos, foi a atracão anterior e abriu a apresentação com “She Stills Love Me”, “Not Done Yet” e “I Don't Wanna Wait”. O som do grupo alia peso de duas guitarras e solos sem nunca deixar de ser pop com refrões contagiantes e metais inspirados.

Até o clima de nuvens pesadas que que ameaçava trazer chuva, deu espaço para o sol, e fez com o público dançasse no ritmo -- da pista normal relativamente cheia a pista premium ainda vazia. A banda, animada, também pulava no palco. “Vamos fazer barulho, São Paulo”, pedia, em português, o vocalista e guitarrista Jacob Hemphill, de sobrenome sugestivo e dread enrolado no cabelo.

O show terminou com “Anything Changes”, com Jacob lembrando que O Rappa viria em seguida. “Estarei por aqui”, avisou.

O festival começou às 13h com a banda ganhadora do concurso do festival, Temos Vagas, e seguiu com os paulistas do Nem Liminha Ouviu que, com sua homenagem ao lendário produtor musical Liminha, já havia tocado no festival Lollapalooza neste ano. Ainda há ingressos sendo vendidos.

Comunicar erro

Comunique à Redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

O Rappa afasta clima nublado e homenageia Mandela e Champignon em festival - UOL

Obs: Link e título da página são enviados automaticamente ao UOL

Ao prosseguir você concorda com nossa Política de Privacidade