"Se Elvis e Beatles nascessem aqui, seriam execrados", diz vocal do Yahoo
Dona de alguns dos versos mais grudentos das rádios na década de 80, "Mordida de Amor" voltou atacar os ouvidos brasileiros este ano na trilha da novela "Sangue Bom". Para quem não se lembra ou não viveu a época, a faixa era uma versão em português para o hit "Love Bites", do Def Leppard, e além de projetar o grupo Yahoo no cenário nacional, também despertou a ira de fãs mais conservadores da banda de hard rock britânica
Quando faz amor / Se olha no espelho / Será que você / Gosta mesmo de mim? (...) / Eu não quero tocar em você, ô, baby / E fazer seu jogo vai me deixar louco (...)
Vinte e cinco anos e muitas outras versões depois - "Hide Your Heart", do Kiss, virou "Para-raio", "Wind of Change", do Scorpions, "Como o Vento" -, o Yahoo volta à ativa com um disco de inéditas e uma regravação de "Mordida de Amor", mas sem renegar o passado de covers que o tornou famoso.
“Naquela época, você cantava a música e as pessoas ouviam a melodia, mas não entendiam a letra. Para fazer a canção chegar ao povo, era preciso fazer uma tradução”, explica o baixista e vocalista Zé Henrique.
Nos bastidores
Fora dos holofotes desde meados dos anos 90 "para se reciclar", Zé Henrique afirma que continuou trabalhando nos bastidores com outros nomes da música. “Basicamente, ficamos em estúdio nos dedicando a produzir discos. É um trabalho bacana pelo fato de ter contato com ritmos diversos, mas é solitário também. Faz falta aquela interação com o público”, conta ele, que lançou LS Jack, Wanessa Camargo, Felipe Dylon, Tânia Mara e artistas do meio gospel durante esse período longe dos palcos.
O músico defende que os anos 80 foram muito ricos culturalmente e diz sentir falta dessa qualidade no cenário atual. “Está faltando renovação e os nomes de hoje são os mesmos de sempre. Há dez anos não aparece uma grande banda de rock no Brasil. É difícil enxergar longevidade em alguns artistas que surgem hoje”, acrescenta.
Com "Yahoo 25", que tem influências de novos nomes como Kings of Leon, Coldplay e 30 Seconds to Mars, a banda pretende explorar novos horizontes, satisfazer os antigos fãs e também conquistar o público mais jovem. “Nossa filosofia com esse novo disco é priorizar muito mais o lado artístico do que o lado comercial. Eu quero que quem ouça goste. Essa é minha preocupação. Esse é um caminho um pouco mais difícil, mas também é mais feliz”.
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