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Mayer Hawthorne mistura soul a outras influências em show em SP

Cantor e compositor Mayer Hawthorne apresenta novo álbum "Where Does This Door Go" em show em São Paulo - Divulgação
Cantor e compositor Mayer Hawthorne apresenta novo álbum "Where Does This Door Go" em show em São Paulo Imagem: Divulgação

Patrícia Colombo

Do UOL, em São Paulo

13/12/2013 04h54

Nesta quinta-feira (12), Mayer Hawthorne encerrou sua atual turnê pelo Brasil com apresentação no Cine Joia, em São Paulo, após shows no Rio de Janeiro e em Porto Alegre. Em clima altamente festivo, o norte-americano de Michigan privilegiou as canções do álbum com o qual excursiona, “Where Does This Door Go” (2013), sem esquecer alguns dos sucessos que o popularizaram a partir de 2009 com o lançamento do disco de estreia “A Strange Arrangement”.

Pontualmente às 23h, o cantor, compositor e produtor, que também sempre se destacou por seu jeito descolado de se vestir, subiu ao palco trajando blazer azul, calça de alfaiataria e camisa social junto a um colorido par de tênis. Sua simpática banda -- composta por um baixista, um guitarrista, um baterista e um tecladista -- usava peças iguais em um look composto por camisa branca e calça laranja, também de alfaiataria.

Além de estilo, durante a noite Hawthorne apresentou afinação, disposição e bom humor. Em determinado momento, pediu empolgação ao público para ele que pudesse registrar sua própria “selfie” no smartphone e fez poses para que a plateia também o clicasse. Na sequência, disse: “ok, agora guardem seus celulares, assistam ao show e vamos dançar”. Ao longo das canções, a interação entre os integrantes da banda era grande e passos de dança coreografados -- que remetiam a grupos da Motown, como o Temptations -- marcavam presença.

Quando lançou seu primeiro álbum, ele figurava em um grupo de artistas apaixonados pela sonoridade da lendária gravadora de Detroit, entre eles Amy Winehouse e Sharon Jones. As referências igualmente marcam presença em seu segundo disco, ‘How Do You Do’ (2011), mas no terceiro trabalho, como ele próprio destacou em entrevista ao UOL, elas acabam dando mais espaço a outras sonoridades que também lhe agradam: o hip-hop, o pop atual, o rock com jazz do Steely Dan e a bossa nova.

Acontece que, embora com influências distintas (com espaço até para o reggae em “Allie Jones”), as canções apareceram bem amarradas ao vivo, resultando em um setlist bastante coeso e predominantemente dançante. E a apresentação teve boa recepção do público inclusive com relação às faixas mais recentes.

Entre as músicas de “Where Does This Door Go” que integraram o repertório, estiveram “Back Seat Lover”, “The Innocent”, a já mencionada “Allie Jones”, “The Stars Are Ours” (que ao vivo ganhou mais peso), “Crime”, “Wine Glass Woman” e “Corsican Rosé”. A noite ainda contou com cover de “I Can't Go For That (No Can Do)”, do duo setentista Hall & Oates – que também é uma das referência no álbum. Dos sucessos mais antigos, estiveram “A Long Time”, “No Strings”, "Henny & Gingerale", “The Walk”, "Maybe So, Maybe No", "Your Easy Lovin' Ain't Pleasin' Nothin'", entre outras.