"Meus pais diziam que funk era coisa de bandido", diz MC Guimê

Com mais de 110 milhões de visualizações nos seus videoclipes na internet, MC Guimê, representante de Osasco do funk ostentação, revelou no palco do “Domingão do Faustão”, na noite deste domingo (9), que sofreu preconceito até dos pais quando decidiu virar funkeiro.

“Estar no seu programa hoje é o meu maior sonho realizado. A luta foi grande até eu chegar aqui. No começo nem os meus pais gostavam. Meus pais diziam que funk era coisa de bandido, de maloqueiro. Falavam que eu tinha que estudar e deixar de lado essas coisas de rap”, contou.

A influência da opinião da sua família sobre a escolha de sua carreira fez com que MC Guimê até pensasse em desistir de cantar. Em um momento de dúvida, o funkeiro chegou a deixar a música de lado para trabalhar como limpador de carro e vendedor em uma quitanda perto da casa em que morava.

“Eu sempre gostei muita da música feita no improviso. Na escola, eu comecei a perceber o meu o talento e usar a minha criatividade para escrever umas letras. Mas de tanto meus pais falarem eu fui procurar outras coisas para fazer. Comecei a trabalhar. Eu só voltei a curtir funk quando a galera da Baixada Santista começou a falar sobre a realidade da comunidade. Quando surgiu o funk ostentação eu vi uma nova oportunidade”, relatou.

Atualmente, aos 22 anos de idade, MC Guimê, faz uma média de 40 shows por mês em todo o Brasil. O funkeiro, que começou cantando em bailes de comunidade, já se apresentou até em badaladas casas noturnas paulistanas para o público classe A. Até Neymar participou de um clipe do rapaz.

“Para mim foi muito gratificante saber que o Neymar era meu fã. Eu sempre fui fã dele na TV. E quando o conheci pessoalmente ele foi todo humilde. Até pediu para tirar foto comigo. Eu mostrei a música ‘País do Futebol’, que eu fiz em parceria com o Emicida, e ele adorou. Aí gravamos o clipe. O Neymar foi a pessoa certa para fazer o trabalho acontecer”, comemorou.