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Após serem detidas, integrantes do Pussy Riot são liberadas em Sochi

Do UOL, em São Paulo

18/02/2014 12h05

Duas integrantes russas da banda punk Pussy Riot foram liberadas nesta terça-feira (18), após serem detidas pela polícia em Sochi, cidade-sede dos Jogos Olímpicos de Inverno, na Rússia. Segundo a polícia, elas foram interrogadas por conta de um roubo no hotel onde estavam hospedadas.

Segundo a agência de notícias AP, nenhuma acusação foi registrada contra Nadezhda Tolokonnikova e Maria Alekhina, que teriam sido detidas em uma balsa na cidade, área popular entre os fãs que celebram os Jogos Olímpicos. 

Tolokonnikova escreveu em seu Twitter que ela e sua companheira de banda foram paradas pelo polícias e acusadas de serem criminosas. Outras sete pessoas que foram detidas com as integrantes também foram libertadas.  "Quando fomos presas, não estávamos liderando nenhuma ação, apenas andando por Sochi", escreveu Tolokonnikova no microblog.

O advogado da banda, Alexander Popkov, disse, em entrevista à agência de notícias AP que a polícia se recusou a revelar se elas foram detidas como suspeitas ou como testemunhas.

"Elas não têm ideia do que está acontecendo. Disseram a elas que não estavam sendo presas, mas convocadas para um interrogatório. A polícia, no entanto, não quer liberá-las", relatou Popkov, quando elas ainda estavam detidas.

Segundo o repórter Simon Shuster, da revista norte-americana "Time", jornalistas também foram mantidos sob custódia.

Novo protesto

As Pussy Riot organizavam um protesto durante os jogos olímpicos contra Putin e pretendiam cantar a música "Putin ensinará como amar a pátria", que faz críticas ao presidente.

Recentemente, Tolokonnikova, de 24 anos, e Maria Alyokhina, de 25, cumpriram 21 meses de uma sentença de dois anos de prisão por realizar um protesto contra o presidente Vladimir Putin dentro da principal catedral ortodoxa em Moscou. As ativistas foram soltas por conta de uma anistia do Kremlin.

Tolokonnikova afirmou que os Jogos Olímpicos de Inverno são um projeto de Putin e que qualquer um que vá aos jogos estaria apoiando o presidente.

As duas seguem engajadas em combater a repressão do governo russo e dizem que podem considerar uma intensificação de seu ativismo político concorrendo na eleição para o governo da cidade de Moscou. Elas ainda fazem ainda uma campanha para melhorar as condições nas prisões russas e pediram monitoramento internacional.