"Achava que o público só queria ver o cara da TV", diz Hugh Laurie
Em 2011, quando Hugh Laurie resolveu que era hora de cumprir o seu desejo de ser músico, imaginava que as coisas não seriam fáceis. “Estou preparado para que me critiquem”, disse na época ao "Clarín", durante uma entrevista – quando tinha acabado de ultrapassar a barreira do meio século –, em um velho hotel de Nova Orleans.
No entanto, seu primeiro álbum, "Let Them Talk", lançado em maio daquele ano, foi tratado mais do que bem pela crítica e pelo público. E, ao mesmo tempo que se despedia do inesquecível Dr. House, após oito temporadas, o ator começou a ocupar um espaço próprio no território dos blues, onde terminou de se instalar definitivamente um ano atrás, com o lançamento do notável "Didn´t It Rain".
O segundo álbum do artista será apresentado no Rio de Janeiro, no Citibank Hall, dia 20, e segue no dia 21 para Belo Horizonte, no Chevrolet Hall; dia 25 para Curitiba, no Teatro Positivo; dia 27 para Porto Alegre, Teatro do Sesi; e faz sua última parada no dia 29, em São Paulo, no Citibank Hall.
“Agora eu trabalho mais duro”, responde Laurie em sua casa em Los Angeles, quando perguntamos qual a diferença mais marcante que entre aqueles dias e os de hoje. “Treino e estudo tanto quanto posso. Quero melhorar. Às vezes eu gostaria de ter começado a fazer isto 20 anos atrás, mas talvez seja por ter começado tão tarde que eu estou tão faminto para conhecer e entender mais, para descobrir mais acerca desta música”, diz.
Depois do seu primeiro show você dizia que não sabia muito bem o que sentir com os aplausos e a resposta do público. Alguma coisa mudou em relação a isso?
O que mudou, fundamentalmente, é que quando eu comecei eu achava que muita gente iria ao show porque seria interessante ver o cara da televisão fazendo música. Fãs do programa que só estavam interessados no personagem do programa. E agora, vários anos depois, sinto que convocamos uma audiência que está interessada cada vez mais na música, um público que só responde à questão musical. Isso é muito excitante. Eu estou muito orgulhoso de ter conseguido montar um show que se sustenta por si só.
Após sua primeira viagem à Argentina, quando tocou seu repertório de blues tradicional, você disse que foi a noite mais excitante da sua vida. Não estava exagerando?
Não. Era a primeira vez que eu tocava na Argentina e ia ser em um lugar enorme, que tem uma história riquíssima. Devo admitir que no começo eu estava aterrado. Mas depois fui percebendo que o público estava entendendo perfeitamente o que nós estávamos querendo fazer desde o começo, cantaram e dançaram. Foram duas noite incríveis. Na segunda, além do mais, eu me dei ao luxo de tocar o tango Kiss of Fire (El choclo), que eu gravei no meu segundo disco.
Você conhecia alguma coisa sobre o tango ou você o descobriu estando na Argentina?
Eu amo o tango. Seu poder e sua dignidade sempre me impressionaram. É uma forma de música e de dança muito poderosa, eletrizante.
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