Entidade quer que MIA pague mais de US$ 16 mi por dedo médio no Super Bowl

Os advogados da cantora MIA acusam a NFL (National Football League), entidade que regula o futebol norte-americano nos Estados Unidos, de tentar intimidar a cantora ao pedir US$ 15,1 milhões a mais em restituição a uma polêmica performance em que a cantora mostrou o dedo médio no Super Bowl 2012. "É uma intenção clara de intimidar MIA", disseram eles em comunicado, "e fazer dela um exemplo por ousar desafiar a NFL".

Em seis meses de batalha pública judicial, o pedido de indenização da entidade inchou de US$ 1,5 milhão para US$ 16,6 milhões. Segundo o jornal "The Guardian", esse último valor foi calculado ao considerar a apresentação de MIA como um comercial de TV. Os advogados da cantora, no enanto, dizem que o valor não se apoio em qualquer base da lei, fato ou lógica. "Eles têm a fantasia de que a cantora recebeu US$ 15,1 milhões em publicidade ao aparecer por 15 segundos no meio de dezenas de estrelas".

A polêmica também repousa sobre os danos reais causados pelo gesto obsceno de MIA. De acordo com documentos juduciais, a Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos recebeu apenas 222 reclamações contra as mais de 542 mil em relação ao seio de Janet Jackson, em 2004. Na ocasião, Janet Jackson e Justin Timberlake se apresentavam, quando um dos seios da cantora ficou à mostra por menos de um segundo.

Relembre o caso

Em sua participação na música “Give Me All Your Luvin”, MIA mostrou o dedo médio para as câmeras e disse a palavra “fuck”, em um tom quase inaudível em comparação ao restante da música.

Assistido por 110 milhões de pessoas apenas na televisão, o incidente incomodou os representantes da NBC e da NFL. “O gesto obsceno na performance foi completamente inapropriado e decepcionante e pedimos desculpas aos nossos fãs”, afirmou Brian McCarthy, porta voz da NFL.

A NBC deixou a tela borrada durante menos de um segundo, em uma tentativa falha de esconder o gesto. “Nosso sistema demorou para esconder o sinal inapropriado e nós pedimos desculpas aos nossos espectadores”, disse Cristopher McCloskey, representante do canal.