Topo

"Queremos mostrar nossos momentos mais fortes", diz vocalista do Marillion

André Cáceres

Do UOL, em São Paulo

08/05/2014 05h00

Um dos tesouros ocultos do rock progressivo, o grupo britânico Marillion está de volta ao Brasil. "Quando vamos para essa parte do mundo sempre temos expectativas muito grandes. Estamos ansiosos para os shows", disse ao UOL o vocalista Steve Hogarth. A banda se apresenta em Belo Horizonte nesta quinta-feira (8), em São Paulo na sexta e no Rio de Janeiro no sábado. "O público brasileiro é fantástico e ardente".

Na última vez que o Marillion veio ao Brasil, em 2012, o foco estava no disco "Sounds That Can’t Be Made" (2012). Agora, Hogarth garante que toda a carreira da banda estará presente no repertório. "Queremos mostrar nossos momentos mais fortes, as músicas favoritas dos anos que passamos juntos. O set que tocaremos vai refletir isso", contou Steve, que já soma 25 anos nos vocais do grupo.

Os fãs podem aguardar para ouvir clássicos como "Kayleigh", "Lavender" e "Beautiful", mas também as novidades "Gaza" e a faixa-título do álbum mais recente. "A música 'Sounds That Can’t Be Made' fala sobre um tipo de barulho que vem do espírito. Um ruído da alma. Não um som que viaja pelo ar", divagou o vocalista e compositor. "É um sentimento que passa por seres humanos, entre duas pessoas apaixonadas ou entre uma banda e seu público".

Para Steve, a banda ainda não alcançou os limites de sua sonoridade. "Você chega lá quando para de pensar nisso. Uma flor não sabe que é uma flor", disse o artista. Apesar de ter o rock progressivo como embrião, Hogarth não concorda com o título. "Eu acho que é um pouco desrespeitoso rotular qualquer um. A música é muito complexa para se pendurar um rótulo. Nós escrevemos coisas verdadeiras em nosso processo criativo e experimental, então alguém vem e reduz isso a uma palavra". 

Hogarth admitiu ser um fã de futebol e prometeu torcer pela a seleção brasileira na Copa do Mundo. "Infelizmente não poderei assistir aos jogos aqui, mas vou acompanhar pela TV. Não é apenas um esporte, é uma forma de arte. Ninguém ficará mais feliz do que eu se o Brasil ganhar".