Rei das paródias: relembre as melhores versões de Weird Al Yankovic

Weird Al Yankovic está de volta à velha forma. O músico e comediante americano, que fez sucesso nos anos 1980 parodiando o pop, alcançou em julho, pela primeira vez na carreira, o topo da parada de discos da revista “Billboard”. Histórico, seu recém-lançado "Mandatory Fun" é o primeiro álbum de comédia a liderar o ranking em 51 anos.

Sempre entre as críticas e os elogios, Weird Al investe agora em pastiches de Lorde (“Royals”, que vira “Foil"), Robin Thicke (“Blurred Lines”, transformada em "Word Crimes"), Pharrell Williams (“Happy”, agora uma pegajosa "Tacky"), entre outros nomes famosos.

Para quem não conhece ou não testemunhou o fenômeno nos anos 1980 e 1990, o UOL selecionou as cinco melhores músicas (e videoclipes) de Weird Al Yankovic.

“Eat It” (1984) - versão de "Beat it", de Michael Jackson

A letra da versão que rendeu a Al seu primeiro Grammy nada mais é do que uma mãe exigindo que o filho pare de fazer birra e coma logo uma refeição. O vídeo reproduz com fidelidade o clássico clipe "barra pesada" de Michael Jackson. E a cena de luta é a cereja do bolo. Em vez de duelarem pela vida, os líderes das gangues disputam, com colher e gafo em punhos, um simpático frango de borracha. Enquanto isso, um guitarrista aleatório sola freneticamente até explodir.

"Like A Surgeon" (1985) - versão de "Like a Virgin", de Madonna

Na paródia de “Like a Virgin”, de Madonna, Weird Al interpreta um atrapalhado e inexperiente cirurgião, “cortando pela primeira vez”. O clipe, que traz uma sósia da cantora, é uma espécie de prévia da sitcom “Scrubs”, ambientada em um insano hospital. A versão é lembrada também na série “How I Met Your Mother”. Na história, o protagonista, Ted Mosby, teria dado a ideia da música a Al depois de mandar uma carta ao comediante.

"Fat" (1988) - versão de "Bad", de Michael Jackson

Após o sucesso de “Eat It”, Al Yankovic voltou a combinar Michael Jackson e comida. O hit “Bad” virou “Fat” ("Gordo"). Cercado de dançarinos acima do peso e mais uma vez trajado como o Rei do Pop, ela vai inchando e dançando, com muito suingue. Uma pérola do humor politicamente incorreto. “Sua bunda é grande, bem a minha também/Segure sua boca ou eu sento em você/Palavra errada, melhor me tratar bem/Porque eu sou o rei da celulite/Presunto, presunto, presunto em trigo integral, tudo bem.”
 

"Smells Like Nirvana" (1992) - versão de "Smells Like Teen Spirit", do Nirvana

Al entrou na onda grunge pegando pesado com a geração do início dos anos 1990, a chamada “slack generation” (geração preguiçosa). Ridicularizando os fãs do Nirvana, o estilo influenciaria anos depois as paródias metaleiras de Mamonas Assassinas e Massacration, banda do seriado Hermes e Renato. “Agora eu estou resmungando, e estou gritando/E eu não sei o que eu estou cantando/Aumente o volume, ouvidos estão sangrando/Ainda não sei o que estou cantando/Nos somos tão barulhentos e incoerentes/Garotos, isso deve icomodar seus pais.”

"Tacky" (2014) - versão de "Happy", de Pharrell Williams

O mais novo sucesso do rei das paródias é um "tributo" a “Happy”, do hitmaker Pharrell Williams. O “feliz” vira “cafona” na nova versão, que mostra pessoas de gosto questionável dançando sem vergonha de serem do jeito que são –entre elas, o ator Jack Black e a atriz Kristen Schaal. “Uso meu cinto com suspensórios, sandálias com meias, pois sou brega/Comprei uggs com glitter e um crocs de paetê rosa pois sou brega/Nunca vou te deixar esquecer de um favor que te fiz, pois eu sou brega.”