Emicida e Los Sebosos revisitam clássicos quarentões da MPB em shows
O aniversário de 40 anos de algumas joias da MPB serão festejados no palco. Pelo terceiro ano consecutivo, o projeto “Rotações” prestará tributo a clássicos absolutos da música brasileira --desta vez os lançados em 1974--, como o primeiro disco de Cartola. Lançado tardiamente, quando o sambista já estava com 66 anos, o álbum conta com “Acontece” e “O Sol Nascerá” e será revisitado pelo rapper Emicida no dia 18 de dezembro, no Sesc Santana, em São Paulo.
No dia 19, a cantora Luciana Alves e Marco Pereira Trio vão interpretar “Elis & Tom”, álbum que marcou o encontro de Elis Regina e Tom Jobim. No dia 20, é a vez do trio O Terno recriar a obra-prima “Lóki?”, de Arnaldo Baptista. Já a Nação Zumbi, acostumada a revisitar a obra de Jorge Ben com o nome de Los Sebosos Postizos, promete interpretar de ponta a ponta o suingue filosófico de “A Tábua de Esmeralda”.
Capitaneada pelo produtor Ramiro Zwetsch, o Rotações ganhou edições em 2012 e 2013, revisitando os álbuns que completavam 40 anos naquele momento. Em entrevista ao UOL, ele conta que a ideia surgiu em 2011, quando o disco “Sticky Fingers”, dos Rolling Stones, completara quatro décadas de existência. “A revista [britânica] ‘Mojo’ tinha encartado um CD com versões do disco e começamos a viajar um pouco.”
A ideia evoluiu para uma série de shows. Na primeira temporada do projeto, Rômulo Fróes tomou a frente de “Transa”, obra cult de Caetano Veloso. O vocalista do Vanguard, Hélio Flanders, interpretou, com Cida Moreira, a pepita folk “Harvest”, de Neil Young. Já o músico Guizado defendeu “On the Corner”, de Miles Davis.
O sucesso foi estrondoso, a ponto de os próprios artistas manterem o tributo na estrada -- o que aconteceu com Cidadão Instigado, que refaz com maestria o clássico do Pink Floyd, “Dark Side of the Moon”, e Otto, com o “Canta Canta Minha Gente”, de Martinho da Vila.
A versão da cantora Céu para “Catch a Fire”, de Bob Marley, deu tão certo, que a cantora mantém uma turnê em paralelo, só para tocar o álbum pelo Brasil. O mesmo aconteceu com Karina Buhr, que aprofundou o experimentalismo pop do primeiro álbum do “Secos e Molhados” em um show elogiado.
“Esse fetiche é um barato, são discos muito amados. O público fica emocionado de ouvi-los tocados ao vivo, já que não é mais possível ver ao vivo com os artistas [originais]”, observa Ramiro.
Serviço:
"74 Rotações"
Data: 18 a 20 de dezembro
Local: Sesc Santana, São Paulo
18/12 - Emicida interpreta "Cartola"
19/12 - Luciana Alves e Marco Pereira Trio interpretam "Elis & Tom" (Tom Jobim e Elis Regina)
20/12 - O Terno interpreta "Lóki?" (Arnaldo Baptista)
21/12 - Los Sebosos Postizos interpreta "A Tábua de Esmeralda" (Jorge Ben)
2 Comentários
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TÕ FORA !!!
Acho q o Emicida devia ficar na praia dele (música falada). Esse lance de cantar não é pra ele, muito fraquinho. Outro dia assisti um Show pela televisão (não me lembro o nome) onde tinham 3 palcos montados - ele, Guilherme Arantes e Vanessa da Mata. Coitado, qd chegava a vez dele dava até dó, o carinha é muito desafinado....sem voz nenhuma. E olha q o Guilherme Arantes não é um cantor exatamente afinado, mas sua voz é agradável, faz um bom uso dos falsetes e existe uma sinergia com as música. Vanessa da Mata - essa é Fera. Enfim, alguém tem q dar esse toque pro rapaz com acabar com a carreira precocemente.