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Com "pau de selfie" proibido, show de David Guetta passa das cinco da manhã

Felipe Branco Cruz

Do UOL, em São Paulo

18/01/2015 07h44

Depois de fazer nove shows pelo Brasil apenas neste ano, o DJ francês David Guetta, 47 anos, se apresentou em São Paulo na madrugada deste sábado (17) para domingo no Pavilhão de Exposições do Anhembi. O artista atraiu cerca de 15 mil pessoas que curtiram uma maratona de música eletrônica que começou às 22h e só foi acabar após às 5h, quando o Guetta deixou o palco. "Só neste ano, já fiz nove shows no Brasil porque vocês fazem a melhor festa. Gosto muito do Brasil", disse.

O DJ já perdeu as contas de quantas vezes visitou o país. Na última delas, em 2013, ele transformou o Rock in Rio na "maior balada do mundo". Na ocasião, o músico se apresentou na mesma noite que Beyoncé e tocou para um público estimado de 75 mil pessoas.

A produção do show não permitiu a entrada no local de pessoas com "pau de selfie". Muita gente, no entanto, deu um jeitinho de simular o apetrecho. Foi o caso do engenheiro André Foglia, 30 anos, e da sua namorada, a enfermeira Kelli Silva, 30. André segurou a câmera bem alto para simular o efeito do pau de selfie. "Viemos para tirar fotos", disse Kelli, bastante animada com show.

O DJ francês trouxe ao Brasil a turnê de seu novo álbum "Listen" (2014), em um giro por 12 cidades. Até agora, ele já se apresentou em Florianópolis (2/1), Atlântida (3/1), Guarapari (4/1), Recife (8/1), Salvador (9/1), Fortaleza (10/1), Belo Horizonte (11/1), Uberlândia (15/1) e Brasília (16/1). Neste domingo ele se apresenta em Ribeirão Preto (18/1) e finalmente encerra o giro brasileiro no Rio de Janeiro (19/1).

Guetta subiu ao palco às 2h12 e o setlist incluiu mixagens autorais como "Play Hard", que abriu a noite, "Blast Off", "Dangerous", "Lovers on the Sun" e "Turn me On". Porém das mais de 40 canções apresentadas, Guetta abusou dos covers, tocando "Blame", de Calvin Harris, "Fancy", de Iggy Azalea, Smells Like Teen Spirits, do Nirvana, "In The End", do Linkin Park" e "Viva La Vida", do Coldplay.

O Anhembi estava completamente lotado e quem foi para o local por volta da meia-noite, precisou de um pouco de paciência para chegar até a entrada principal. É que no mesmo horário, no sambódromo, estava ocorrendo o ensaio técnico da escola Rosas de Ouro, que também reuniu uma multidão.

Guetta atraiu, no entanto, pessoas de fora da capital paulista. Foi o caso da engenheira de tecnologia da informação, Natalia Okida, 30 anos. "Eu e mais 14 pessoas viemos de van de Santos", disse. Já o casal Victor Castro, 21, e Alessandra Mollon, 22, vieram de Santa Bárbara d'Oeste, e se hospedaram em um hotel próximo ao Anhembi. "Sou muito fã do Guetta", disse Victor, que estava usando uma camisa do artista. Este é o segundo show que Victor e Alessandra assistem do DJ. O primeiro foi há dois anos, também em São Paulo. "Queria ter trazido meu pau de selfie˜, disse a jovem. "Mas deixamos no hotel quando vimos a proibição da produção".

O show de Guetta foi uma verdadeira super produção, repleto de efeitos especiais, como pirotecnia, chuva de papel picado, lasers e muita fumaça. O palco também estava equipado com sete telões de LED que exibiram durante a apresentação animações sincronizadas com as músicas, além de imagens do artista. Embora o pavilhão do Anhembi não tenha uma boa acústica, o som estava bom, com destaque para os graves, muito utilizados por Guetta, que soaram praticamente perfeitos.

Se a produção e o som agradaram, o mesmo não pode ser dito do calor. Nem os ventiladores instalados no teto, equipados com borrifadores de água, deram conta de diminuir o calor. Muitas pessoas estavam sem camisa reclamando do desconforto causado pela temperatura alta, nesta que foi uma das noites mais quentes do ano em São Paulo.