Biógrafos dizem que, desde 2010, Metallica gasta mais dinheiro do que ganha
Em 2000, o Metallica esteve em capas de jornais do mundo inteiro ao processar o serviço de compartilhamento de músicas Napster. O grupo conseguiu nos tribunais o direito de que seus direitos autorais fossem restritos à comercialização oficial de suas músicas.
Mas, 15 anos depois, o patrimônio da banda foi reduzido, e o grupo de Lars Ulrich e James Hetfield está no vermelho. “Desde 2010, é provável que o Metallica já tenha perdido mais dinheiro do que ganhado", dizem Paul Brannigan e Ian Winwood, os autores de "Into the Black", uma biografia de dois volumes da banda lançada no final de 2014.
Em entrevista ao site The Weeklings, os autores afirmam que a situação da banda é justificada por escolhas financeiras “desastrosas”, como participações em festivais e a realização do filme “Through the Never", lançado em 2013, que custou US$ 32 milhões e teve um retorno abaixo do esperado.
“Você pode facilmente entender por que a banda –por necessidade, e não por escolha– faz uma turnê pela Europa a cada verão”, disseram Brannigan e Winwood. “Ninguém está derramando lágrimas por pobreza, mas na última década sem dúvida suas margens de lucro foram achatadas.”
Ainda segundo os autores, a banda não estaria melhor hoje se tivesse se mantido em um “nível de popularidade” semelhante ao de outros grupos do metal, como Slayer ou Megadeth. “O Metallica sempre foi destinado a tentar dominar o mundo. O dinamismo e o talento de seus integrantes tornou impossível que eles fossem outra coisa senão o monstro que se tornaram. A única coisa incompreensível é a falta de músicas novas e, neste sentido, podemos dizer que em 2015 o Metallica é tanto uma marca quanto é uma banda, talvez até mais.”
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