Pussy Riot processa polícia russa por chicotadas nos Jogos de Sochi em 2014
O grupo de punk rock russo Pussy Riot está processando a polícia do país pela violência usada contra suas integrantes na Olimpíada de Inverno de Sochi, em fevereiro de 2014. Enquanto fazia uma performance de protesto, o grupo feminista chegou a levar chicotadas de um agente da milícia cossaca, que ajudava a polícia russa no patrulhamento dos Jogos Olímpicos. As informações são do site da revista britânica “NME”.
Algumas cantoras da banda mascarada, como Maria Alyokhina e Nadezhda Tolokonnikova – que foram presas na Rússia em 2012, por 16 meses, após entrarem numa catedral de Moscou e pedirem, na letra de uma música, que a Virgem Maria tirasse o presidente Vladimir Putin do poder –, dizem ter sido atacadas por cossacos uniformizados e também por homens da segurança russa em Sochi.
Segundo elas, um dos milicianos cossacos usou spray de pimenta sobre as integrantes do grupo. A briga teria durado vários minutos e deixado uma das cantoras com o rosto sangrando.
De acordo com o jornal russo “Vedomosti”, o advogado do Pussy Riot, Alexander Popkov, teria afirmado que uma ação judicial relacionada a esse caso já havia sido arquivada pelo Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.
Em fevereiro, a banda russa lançou sua primeira canção em inglês, chamada “I Can’t Breathe” (“Eu Não Consigo Respirar”), que conta com participação do baixista norte-americano Nick Zinner, do Yeah Yeah Yeahs, e do cantor e compositor norte-americano Richard Hell, que durante a letra lê as últimas palavras de Eric Garner (repetidas vezes "Eu não consigo respirar"), cidadão afro-americano morto por uma chave de braço de um policial de Nova York em julho de 2014. A faixa diz "It's getting dark in New York City" ("Está escurecendo em Nova York"), em referência ao abuso da força policial e do aumento da intolerância.
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