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Recordista, Davi Moraes tocará pela 6ª vez no Rock in Rio: "Vitrine"

O guitarrista Davi Moraes, que se tocou em todas as edições brasileiras do Rock in Rio - Reprodução/Facebook
O guitarrista Davi Moraes, que se tocou em todas as edições brasileiras do Rock in Rio Imagem: Reprodução/Facebook

Leonardo Rodrigues

Do UOL, em São Paulo

14/09/2015 17h31

O carioca Davi Moraes é formado, graduado e tem PhD em Rock in Rio. O guitarrista, filho do cantor Moraes Moreira, participou de todas as cinco edições brasileiras do festival. Está indo para a sexta. Recorde que só ele e o “mestre” Pepeu Gomes possuem.

“Foi natural. Nunca tive essa ideia. Os convites foram aparecendo. Mas eu fico sempre animado porque é uma vitrine muito forte”, diz ao UOL em entrevista por telefone.

A estreia de Davi no Rock in Rio, em 1985, aconteceu em dois shows que, juntos, reuniram mais de 300 mil pessoas. O pequeno aspirante não se intimidou: do alto de seus 11 anos, reverberou frevo e chorinho eletrificado, inclusive no dia do show de Ozzy Osbourne. E agradou.

Em três décadas, são muitas histórias: já dividiu palco com o pai, já fez dupla com Pepeu e Armandinho, já tocou com a mulher, Maria Rita, e já até passou até com um trio elétrico no meio da Cidade do Rock. Mas a lembrança mais presente ainda é a primeira, por méritos afetivos.

“Em 85, eu gostava de rock, mas gostava de outras coisas também. Era muito fã do George Benson. Minha mãe acabou ficando amiga dele, e, por causa disso, eu assisti ao show no palco, ao lado do Al Jarreau. Inesquecível”, relembra.

Davi Moraes estreou no Rock in Rio em 1985, aos 11 anos, tocando com o pai Moraes Moreira - Reprodução/Facebook - Reprodução/Facebook
Davi Moraes estreou no Rock in Rio em 1985, aos 11 anos, tocando com o pai Moraes Moreira
Imagem: Reprodução/Facebook

“E teve outro dia que me marcou muito. Foi durante uma passagem de som. Cheguei, subi no palco, e a primeira coisa que vi foi a bateria do Queen, ali, montada na minha frente. Foi demais.”

Nesta edição do Rock in Rio, Davi estará mais uma vez no palco Sunset, no dia 27, em uma homenagem aos 450 da capital fluminense. Tocará ao lado de Maria Rita, Fernanda Abreu, Buchecha, AlcioneSimoninha, Gabriel o Pensador e Léo Jaime.

Veja abaixo as principais lembranças que Davi tem de cada edição do Rock in Rio.

1985: “Toquei brasileirinho acompanhado pelo pai e Armandinho em 1985. Também cantei. Foi um momento maravilhoso. Havia todo um público enorme de metal. E a gente mostrou o nosso metal. O frevo, o chorinho com distorção. O frevo e o Armandinho tocando guitarra baiana pra caramba levantou a galera.”

1991: “O segundo foi no Maracanã, quando toquei com meu pai de novo. Fiz o show com ele e com o com Pepeu [Gomes]. Foi uma emoção legal, um pouco diferente, porque foi no Maracanã, num estádio. Pepeu é o mestre dessa escola de misturar ritmos brasileiros com distorção.”

2001: “Nesse Rock in Rio, meu pai falou com o Roberto [Medina] e deu a ideia de passar com o trio elétrico no meio da cidade do rock. Ele adorou a ideia. A gente foi e atravessou a cidade do rock de ponta a ponta, lotada. Teve até a participação do Dori. Incrível.”

2011: “Esse foi o baile do Simonal. Eu e  Diogo Nogueira tivemos a honra de sermos convidados pelo Simoninha e Max de Castro. Cantei uma música do Simonal. Eu e meu pai somos fãs do pra caramba dele. Foi muito bacana a participação e o show. Foi um dos mais lotados no palco Sunset.”

2013: “Fiz dois shows neste. Com a Maria Rita e, depois, com o meu pai, o Pepeu e a Roberta Sá. Os dois no palco Sunset. Hoje em dia, o Sunset é um palco de praticamente mesmo porte do palco Mundo. Dois palcos de mesmo prestígio. Tem uma galera que já vai lá pra ver os encontros do palco, shows inusitados e exclusivos.”