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OneRepublic cativa público de São Paulo com bom humor e homenagem à cidade

José Norberto Flesch

21/09/2015 02h17

Após o show no Rock in Rio, na sexta (18), o OneRepublic desembarcou em São Paulo pouco recomendado. Com show que chegou a ser citado como o mais fraco do Palco Mundo, no primeiro fim de semana do festival, a banda tinha a apresentação de domingo (20) para mostrar que, fora da grandiosidade e de certa competitividade natural do evento, funciona de alguma forma. Pois, ainda que sem glórias, passou no teste.

É fácil identificar de cara por que boa parte da crítica não gostou do show da banda. Não há uma identidade na performance que o OneRepublic faz, e a música que o grupo produz tem inúmeras influências, mas mostra-se igualmente sem uma característica própria.

Por outro lado, é inegável a capacidade que o vocalista Ryan Tedder tem de, dentro dessa grande mistura de referências, compor canções de grande apelo pop. É neste fator que se concentra a força do grupo quando vai para o palco.

Com cerca de 60% de sua lotação, o Espaço das Américas reuniu fãs que sabiam cada estrofe das músicas do OneRepublic. Hits como "Secrets"  e "Counting Stars" foram cantadas em uníssono pela plateia.

Bom humor

Ryan Tedder falou bastante com o público e inseriu doses de humor nas conversas. "Quando gravamos a próxima música (do show), estávamos bêbados, então vamos precisar da ajuda de vocês para cantá-la. E se vocês estiverem bêbados, melhor",  brincou Tedder, antes de mandar "Something I Need".

Quando,  mais adiante, alguém atirou uma bandeira do Brasil no palco, o cantor comentou o perigo de alguém sacanear e jogar a bandeira errada.

O público aprovou tudo. Foram fortes a gritaria e o canto da plateia, principalmente nos maiores hits. Era comum ver pais que acompanhavam os filhos cantando junto ou ao menos sacudindo o corpo, no embalo das canções.

Um dos momentos de maior aprovação aconteceu durante "Good Life". Enquanto a banda tocava a canção, surgiam no telão imagens de lugares turísticos de São Paulo, o que serviu como homenagem à cidade.

Ao mesmo tempo em que muita coisa no repertório funcionou, a banda exagerou nos covers. Teve Sam Smith ("Stay With Me"),  George Ezra ("Budapest"),  White Stripes ("Seven Nation Army") e até Louis Armstrong ("What a Wonderful World", anunciada por Redder como "a melhor música de todos os tempos").

Talvez por isso, no final, Tedder avisou  que o OneRepublic voltará ao Brasil, mas não antes de ter músicas novas. O próximo disco sai em 2016, segundo o cantor.