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Quer saber o que vê um artista do Palco Mundo do Rock in Rio? UOL mostra

Felipe Branco Cruz

Do UOL, em São Paulo

24/09/2015 22h00

Por fora, o palco principal do Rock in Rio parece um gigante, com 86 metros de largura e 9 metros de altura. Por dentro, ele é ainda maior. Para montar as 450 toneladas de estruturas (só de iluminação, são 60 toneladas) é preciso um mês. Seu desenho é tão característico que em todos as edições que ocorreram ao redor do mundo, a mesma estrutura foi montada: desmonta-se aqui, monta-se na Espanha, Portugal e Estados Unidos.

A reportagem do UOL teve acesso ao backstage do Palco Mundo e o que vimos foram toneladas de equipamentos, centenas de guitarras e baixos, pelo menos dez baterias diferentes e muita movimentação. Tudo funcionando como uma verdadeira fábrica do rock.

O acesso é feito pela lateral esquerda do palco. Assim que atravessamos essa primeira barreira, chegamos ao local onde estacionam as vans que transportam os artistas. Um tapete vermelho estendido no chão recepciona os ilustres convidados. Exatamente embaixo do palco, por baixo de toda essa estrutura, ficam alguns camarins de apoio, caso o artista precise fazer algum retoque --os camarins oficiais ficam alguns metros atrás, em uma ilha anexa à Cidade do Rock.

Uma escada com 20 degraus leva até o tablado do palco. Nas laterais, escondidos do público, ficam armazenados os principais instrumentos das bandas da noite. No momento em que a reportagem passou por lá, o local já estava pronto para receber a banda CPM 22. Mas foi possível ver ainda as guitarras que Johnny Depp usaria nesta noite e a bateria do System of Down.

E é só lá de cima, da boca de cena, que é possível ter a real dimensão do tamanho dessa estrutura. A cada som vindo dali, a plateia respondia com gritos histéricos. Cabe ao artista segurar a onda para não cair na tentação de se sentir mais importante ou melhor do que ele realmente é --o que não parece muito difícil.

Após atravessarmos de uma ponta a outra do palco, chegamos ao lado oposto. Ali, mais instrumentos e algumas pedaleiras de guitarra. Enquanto estivemos por lá, não vimos nenhum artista da noite, apenas uma pequena passagem de som. A visita terminou com a reportagem caminhando por trás do imenso telão que ajuda a turma do fundão a enxergar o que está rolando no show. 

Cerca de uma hora depois, o CPM 22 subiu ao palco e botou toda a estrutura para funcionar e dar início a mais um dia de Rock in Rio 2015.