Com um brasileiro na banda, David Gilmour faz sua primeira turnê pelo país
Pela primeira vez em turnê no Brasil, o guitarrista David Gilmour, ex-Pink Floyd, se diz ansioso para encarar o público brasileiro.
Em entrevista coletiva realizada na manhã desta quinta (10), no Allianz Parque, em São Paulo, ele lamentou nunca ter tido a oportunidade de fazer uma turnê sul-americana.
"É muito bom estar no Brasil. Nunca pensei que seria possível. Sempre houve complicações sobre viagens que impediam. É um desafio", disse Gilmour, que mostrou bom humor na entrevista e até arriscou no português.
"Estamos preparando um show especial. Estar aqui é algo que queria fazer há muito tempo. Estou feliz."
David Gilmour veio acompanhado do guitarrista e produtor Phil Manzanera, da mulher e compositora Polly Samson e do saxofonista brasileiro João de Macedo Mello, integrante de sua banda de apoio desde agosto.
O britânico comentou sobre o novo colega, de apenas 20 anos. "Nos conhecemos por um amigo em comum, que estava trabalhando com ele. Estávamos precisando de um novo saxofonista. Está sendo como mágica. Ele tem feito um trabalho fantástico."
Gilmour também falou sobre o setlist dos shows que fará no Brasil, que não deve ter músicas de seus primeiros álbuns solo. Faixas mais recentes e muitos clássicos do Pink Floyd, como "Wish You Were Here", "Money" e "Comfortably Numb", estão no roteiro.
"É um trabalho difícil escolher o que tocar, tendo músicas de todas as eras, desde 1968. O que acontece é que algumas simplesmente não são tão relevantes para o momento", afirmou.
Gilmour, que recentemente se juntou ao baixista e ex-líder do Pink Floyd Roger Waters em turnê, não fugiu das inevitáveis perguntas sobre a banda.
Uma eventual volta está descartada. Segundo Gilmour, para evitar tensões, como as que aconteceram na reunião de 2005, no festival beneficente Live 8.
"A noite foi prazerosa, mas os ensaios foram tensos, porque tínhamos um histórico doloroso", lembrou o guitarrista, fazendo alusão às conhecidas brigas com o ex-colega, que chegaram aos tribunais num embate pelo uso do nome Pink Floyd.
"Na época discutimos sobre quais músicas tocaríamos. No fim, o Roger teve de aceitar que seria um convidado da banda. Repetir essa tensão não é algo que gostaria de repetir. Existem interesses comerciais, mas isso não é algo que quero à essa altura da vida."
Na coletiva, Gilmour teve ainda de lidar com uma situação curiosa, quando foi questionado por uma jornalista sobre como suas músicas poderiam se relacionar à ocupação das escolas estaduais em São Paulo, em uma clara alusão à temática da clássica "Another Brick In The Wall".
Sem que o marido compreendesse do que a pergunta tratava, Polly, que já escreveu letras para o Pink Floyd no álbum "Division Bell", tomou o microfone. "Elas não podem."
Divulgando seu novo álbum de estúdio, "Rattle that Lock", David Gilmour se apresenta no Brasil nos dias 11 (sexta) e 12 de dezembro (sábado), no Allianz Parque, em São Paulo, no dia 14 de dezembro (segunda), na pedreira Paulo Leminski, em Curitiba, e no dia 16 (quarta), na Arena do Grêmio, em Porto Alegre.
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