Berço de Frank Sinatra, vizinha de Nova York guarda lembranças do astro
Com ruas tranquilas e uma calmaria típica de pequenas cidades norte-americanas, Hoboken, no estado de Nova Jersey, contrasta com sua vizinha, a brilhante Nova York, separada apenas pelo Rio Hudson. Mas a pequena cidade de 50 mil habitantes tem o orgulho de ser o berço de Frank Sinatra.
Em 12 de dezembro de 1915 nasceu ali seu ilustre filho. A primeira casa onde viveu com seus pais, na Monroe Street, recém chegados da Itália, não existe mais, mas uma placa marca o local. O jovem tímido e que sonhava em entrar para uma das gangues da cidade em sua adolescência, como lembra James Kaplan na biografia do astro, viveu em Hoboken até seus 25 anos de idade, quando se mudou para Jersey City no início do seu estrelato.
Foi nos bares e clubes de Hoboken onde ele começou sua carreira. No tradicional Union Club, ele se apresentava por US$ 40 por semana. Foi também por ali que Sinatra se juntou a três amigos e formaram o Hoboken Four, quarteto que, após prêmios em concurso de rádios, ganhou os Estados Unidos, levando o nome da pequena cidade e projetando Sinatra para sua carreira solo.
Atualmente, Hoboken é ponto de parada para celebrar o cantor, morto em 1998 e que neste sábado (12) completaria cem anos se estivesse vivo. Seu nome foi dado a uma grande avenida da cidade e também ao parque que oferece uma vista incrível da "New York, New York" cantada por Sinatra.
No ano de seu centenário a cidade também capricha em homenagens. O Museu Histórico de Hoboken abriga uma pequena, mas interessante exposição sobre o astro com cartas, fotos, vídeos e documentos. O diretor do museu, Bob Foster, conta que muitos brasileiros visitam o local e que dizem ter aprendido inglês graças às canções de Sinatra, que tinha uma dicção clara e marcante.
Mapas vendidos pelo museu também ajudam o visitante a conhecer locais da vida do cantor pela cidade, como a primeira casa comprada por ele e presenteada aos pais. Mas em cem anos de Sinatra, certamente, o momento mais emocionante é poder sentar em um dos charmosos bancos do parque que leva seu nome, ouvir seus clássicos e observar o incrível entardecer de Manhattan, na outra margem do Rio Hudson, e imaginar o passado e os passos do astro na pequena Hoboken.
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