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"Nunca toco música dos Strokes", diz Albert Hammond Jr. sobre show no Lolla

O guitarrista dos Strokes fará show solo em São Paulo no Lollapalooza deste ano - 12.jun.2011 - Dave Martin/AP Photo
O guitarrista dos Strokes fará show solo em São Paulo no Lollapalooza deste ano Imagem: 12.jun.2011 - Dave Martin/AP Photo

Felipe Branco Cruz

Do UOL, em São Paulo

09/03/2016 06h00

Enquanto os Strokes não lançam seu novo álbum, o guitarrista Albert Hammond Jr., segue excursionando em carreira solo para divulgar o trabalho “Momentary Masters”, lançado em 2015. O músico será uma das atrações no domingo (13), do festival Lollapalooza, em São Paulo.

Em conversa ao UOL, o guitarrista falou que quando está solo no palco, nunca toca as músicas dos Strokes. “Não me sinto bem fora da banda”, justificou. Ele também não adiantou detalhes sobre o próximo disco de inéditas, nem do show que os Strokes farão entre os dias 3 e 5 de junho no festival Governors Ball, em Nova York, onde deverão tocar faixas do novo disco.

O show solo de integrantres dos Strokes no Lollapalooza brasileiro não é novidade. Em 2014, o vocalista Julian Casablancas fez uma concorrida apresentação no festival. “A América do Sul, especialmente o Brasil, tem um publico fiel que sempre nos acompanhou”, disse. Acompanhe abaixo os principais trechos da entrevista.

O guitarrista dos Strokes, Albert Hammond Jr., lança seu disco solo Momentary Masters - Divulgação - Divulgação
O guitarrista Albert Hammond Jr.
Imagem: Divulgação
UOL: A sonoridade de seu álbum solo “Momentary Masters” é bem diferente dos Strokes. Foi proposital?

Albert Hammond Jr.: Nunca pensei sobre isso. Não sei o que é certo ou errado. Nunca tentei fazer um disco dos Strokes. Sou só uma pequena parte da banda. É óbvio que qualquer trabalho meu terá similaridades com os Strokes. Mas tem dessas coisas de “estar” na banda para fazer o som dela. Para mim, “Momentary Masters” é muito excitante. Foi um desafio que eu coloquei para mim e tentei sair da minha zona de conforto.

No Lollapalooza, os fãs dos Strokes vão ouvir músicas da banda ou só seu trabalho solo?

Eu nunca toco músicas dos Strokes. Não me sinto bem fora da banda. Pode até ser que eu toque solo músicas dos Strokes quando eu estiver bem mais velho, mas não agora. Eu compus um punhado de músicas solo e não quero fazer um set nostálgico, sabe?

Você se sente confortável no papel de vocalista ou prefere ficar só na guitarra?

Eu amo cantar. Eu me vejo sim cantando e tocando. Não acho estranho. Evolui muito como cantor e agora me sinto bem forte, cada vez mais e mais.

Os Strokes surgiram em 1998 e o rock cru da banda influenciou uma geração. Você sente essa responsabilidade pesar?

Sim, quer dizer, é um complemento. É uma coisa legal, é quase surreal. Eu não caminho por aí pensando que influenciei as pessoas ou que alguém passou a pegar desse jeito na guitarra ou tocou aquela música diferente por nossa causa. Principalmente se alguém decidiu fundar uma banda após nos ouvir. Eu me sinto bem, é sempre um bom sentimento. Um sentimento surreal.

O show solo de Julian Casablancas no Lolla em 2014 e foi bem recebido pelo público. O que espera do seu show?

Vamos tocar as novas músicas. Vai ter uma boa vibração. Em um festival você toca para pessoas que te conhecem e para um monte de gente que nunca te ouviu.  Espero que seja divertido. Me acho um sortudo por tocar no Lollapalooza. A América do Sul, especialmente o Brasil, tem um publico fiel que sempre nos acompanhou.

Quando vai sair o disco novo dos Strokes?

Ainda não gravamos nada. Não estou fugindo do assunto, mas é que realmente eu não tenho informações para te dar sobre isso. Estamos começando a conversar sobre algumas coisas. Deveríamos ter nos reunido em janeiro, mas eu não tenho ideia. Não estou escondendo nada, é que eu simplesmente não sei.

Em dezembro do ano passado, em um hotel da Suécia, as câmeras de segurança flagraram você reagindo a um assalto e ajudando a prender um batedor de carteira. Quer dizer, se você não fosse guitarrista, seria um policial sueco?

(Risos). Foi em Estocolmo. Eram três caras. Pegamos um deles, mas dois fugiram. Na hora, a adrenalina te faz reagir. Quando eu vi as imagens das câmeras de segurança, eu não acreditei na minha reação. Quando você está em turnê, o pessoal da banda se transforma em sua família e o ônibus é a sua casa. E em uma família, um protege o outro, não é? Acho que eu só reagi porque um dos integrantes estava com seu Green Card e ele poderia perder esse documento. Para quem não é americano, especialmente nos dias atuais, perder um documento desses pode se tornar um pesadelo.