Florence + the Machine x Marina and the Diamonds: o duelo de musas do Lolla
Se você esteve afastado do mundo pop nos últimos sete anos, provavelmente não sabe quem elas são e talvez até confunda seus nomes. Mas não se engane. Florence Welch, do Florence + the Machine, e Marina Diamandis, que encarna a persona artística Marina and the Diamonds, não só são pessoas (bem) diferentes como disputam o título de musa do Lollapalooza 2016.
Tal qual a banda que a acompanha, a londrina Florence, 29, é mais alternativa. Espécie de cruzamento entre Enya, Björk e Siouxsie Sioux, ela canta uma música de aura retrô, que mistura elementos pop, rock, folk e soul. Delicada, é praticamente uma "fadinha" ruiva e tímida —nem tanto em cima do palco. Embora abrace o indie (ou indie pop, para alguns), Florence é uma das mais bem-sucedidas artistas da nova geração. Seus três discos de estúdio venderam mais de 6 milhões de cópias.
Formado em Londres em 2007, o grupo fez fama escalando os principais festivais do mundo, num roteiro que foi do britânico Glastonbury, passando pelo americano Coachella até o brasileiro Rock in Rio. Apesar das perfomances marcantes, a banda já foi criticada pela performance, incluindo aí o vocal de Florence, que não seria capaz de transmitir a energia dos discos. A legião de fãs brasileiros, que terá a chance de ver a banda pela terceira vez no país, provavelmente não concorda com isso.
Já a galesa e morena Marina se distancia da “rival” por investir em um pop (ou eletropop) mais radiofônico, ainda que carregue ambições não tão comerciais assim. A exemplo de Florence, ela também tem três discos de estúdio, que bebem da new wave e da fonte mais colorida dos anos 1980. Se as músicas não chegaram a vender tanto, fizeram o sucesso suficiente para transformá-la em um pequeno fenômeno, principalmente entre adolescentes e jovens. Basta lembrar o festival de prantos dos fãs após ela cancelar sua participação no Lolapalooza do ano passado.
Com visual extravagante, que chega a lembrar personagens de desenhos animados —ou uma Katy Perry menos infantil—, esta britânica descendente de gregos teve seu grande salto de popularidade em 2010, quando chegou ao segundo lugar na pesquisa “Sound of...” , em que críticos e profissionais da indústria elegem as grandes promessas da música. Ficou atrás de Ellie Goulding.
A curiosidade do público em assistir à estreia dela em terras brasileiras é grande. Tanto pela performance quanto pelo que dirá aos fãs, a quem confere o apelido de "diamandis" —dar uma alcunha aos seguidores, aliás, é uma sacada esperta reproduzida pelas principais estrelas pop da atualidade. Boa frasistas, Marina já afirmou se considerar uma artista indie, mas com objetivo claramente pop. Um perfil que se encaixa como uma luva no Lollapalooza.
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