Cinco motivos que mostram que o Maroon 5 é o "sucessor" dos Rolling Stones
Com 22 anos de carreira e cinco álbuns de estúdio lançados, o Maroon 5, que se apresenta em São Paulo nesta quinta (17), poderia muito bem ser descrito como “sucessor” dos Rolling Stones. Mas calma, fãs (especialmente os da banda inglesa). A hipérbole tem seus motivos, e engana-se quem pensa que eles estão restritos apenas à citação de “Moves Like Jagger”.
Goste-se ou não, o Maroon 5 é um dos grupos mais populares da atualidade. Além de emplacar vários hits em todos os discos, o grupo também tem um vocalista "estrela de cinema", faz shows energéticos em grandes arenas pelo mundo, isso sem falar das influências suingadas do funk e do soul. Tudo isso soa muito familiar para os seguidores dos Stones.
Obviamente, só o futuro pode dizer se a obra do grupo do vocalista Adam Levine chegará aos pés do legado construído por Mick Jagger e Keith Richards em cinco décadas. Mas, usando um pouquinho de bom humor, não é exagerar afirmar que eles estão, sim, no caminho certo. Entenda por quê.
(ainda mais) Sucesso no início da carreira
Quando os Rolling Stones lançaram seu quinto trabalho nos Estados Unidos, “December´s Children” (1965), a banda havia conseguido chegar ao primeiro lugar da parada de discos apenas uma vez, com o disco “Out of Our Heads”. Já o Maroon 5, com cinco álbuns lançados, atualmente possui dois números 1: “It Won't Be Soon Before Long” e o recente “V”. Quando a comparação é feita com do singles lançados até 1965, a banda de Levine também leva vantagem: 3 ("Makes Me Wonder" e "Moves Like Jagger", "One More Night") x 2 (“Satisfaction" e "Get Off of My Cloud”).
Vocalistas estrela de cinema
Nem Levine nem Jagger são grandes atores dignos de Oscar. Mas isso não os impediu de tentar a sorte no cinema. O stone se aventurou em alguns papéis dramáticos, com destaques para os longas “Ned Kelly” (1970), “Performance” (1970), “Freejack” (1992) e “Running Out of Luck” (1987), este rodado no Brasil. Adam Levine não deixou por menos. Já esteve em cinco filmes. O mais marcante é a comédia romântica “Mesmo Se Nada Der Certo” (2013), em que interpreta um músico bem-sucedido chamado Dave Kohl (!), namorado da personagem Gretta James (Keira Knightley).
Shows energéticos e grandes turnês
Os shows dos Stones costumam ganhar a alcunha de “maior espetáculo da Terra”. E, em grande medida, isso se deve à energética performance do grupo, que parece não ter envelhecido nas últimas cinco décadas. Jagger, que não para de dançar e pular por um minuto, é epicentro do espetáculo. O mesmo acontece com o Maroon 5. No palco, Adam Levine pode até não “se mover como Jagger”, mas, como o colega, sabe usar seu “know how” para fazer shows competentes e agitados, sempre escolhendo o repertório mais “para cima” possível, ideal para grandes turnês em grandes arenas. Um bom pupilo.
Influência do funk rock e blue-eyed soul
“Fingerprint File”, “Hot Stuff”, “Miss You”, “Sex Drive”... São inúmeros os clássicos dos Rolling Stones que bebem diretamente da fonte do soul e do funk dis Estados Unidos. De uma forma ou outra, esse balanço de origem negra sempre foi um dos ingredientes mais interessantes da banda, adorada por públicos de diversos gêneros. O Maroon 5 não chega a tanto, mas possui a mesma inclinação às pistas de dança. Para entender isso, basta ignorar a produção modernosa das músicas e focar, especialmente, nas linhas de baixo e guitarra de hits como "This Love", e “Makes Me Wonder” e “Sugar”.
Fazendo boas ações
Se os integrantes Rolling Stones se envolveram em diversas ações beneficentes nos últimos anos, como o festival em prol das vítimas do furacão Sandy e o lançamento de um single em nome das vítimas do terremoto no Nepal, o Maroon 5 também tem uma longa lista de boas ações. Já participou de projeto em prol dos desabrigados do tsunami de 2004, já doou direitos de música para limpar as águas na África e já até foi premiados pelas iniciativas ambientais. Algo que os Stones nunca conseguiram. Recentemente, a banda também mostrou seu lado “fofo” alegrando pacientes de um hospital infantil e invadindo casamentos no clipe de “Sugar”.
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