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Vendas de discos de vinil rendem mais à indústria musical do que o YouTube

Funcionária inspeciona a produção de um disco de vinil - Pavel Horejsi/The New York Times
Funcionária inspeciona a produção de um disco de vinil Imagem: Pavel Horejsi/The New York Times

Do UOL, em São Paulo

12/04/2016 19h07

As vendas de discos em vinil estão pagando mais à indústria musical do que a exibição de vídeos no YouTube.

De acordo com um estudo apresentado nesta terça-feira (12) pela International Federation of the Phonographic Industry, e publicado pelo site The Wrap, há mais pessoas consumindo música online do que comprando nas lojas.

Mas sites como o YouTube geram menos dinheiro para a indústria do que as vendas de discos em vinil. Um dos motivos é que as vendas de vinis neste ano foram as maiores desde 1988.

Nos Estados Unidos, os discos renderam US$ 416 milhões, enquanto os streamings ficaram em US$ 385 milhões. No Reino Unido, a venda de vinis foi de US$ 38,5 milhões e o streaming, US$37,6. Na França o streaming ganha por pouco: o vinil pagou US$12,6 milhões e o streaming foi de US$12,7 milhões.

Jørn Dalchow, fundador de um selo sueco de música, disse à reportagem do The Wrap que lojas de discos de vinil estão surgindo em cada esquina.

Uma das questões levantadas ao empresário é se o vinil também é um bom negócio para os artistas. Segundo ele, a resposta é sim, porque a venda de um único disco paga mais ao artista do que a execução de uma única música.

A justificativa é a de que, teoricamente, a pessoa que compra um disco pode ouvi-lo quantas vezes quiser, enquanto no streaming o valor é pulverizado, pago apenas quando alguém ouve a faixa.