Topo

Com pouco lazer, piscina "suja" do Tomorrowland atrai multidão

Gisela Alquas

Do UOL, em Itu (SP)

22/04/2016 17h01

Se o Tomorrowland Brasil, que acontece até sábado (23), em Itu (interior de SP), investe pesado em trazer atrações renomadas do cenário eletrônico musical, o mesmo não se pode dizer de espaços para lazer. Diferentemente do Lollapalooza, por exemplo, que oferece ao público um mini-parque de diversões, o festival eletrônico apresenta uma única atração: a Fusion The Pool.

Com capacidade total de 500 pessoas, a piscina atrai filas gigantescas, com jovens de sunga e biquíni preparados para cair na água. Não importa o estado dela, que fica cada vez mais suja com o fluxo de gente, mas o que vale é se refrescar no "calorzinho" de 40ºC que faz no Parque Maeda.

21.abr.2016 - Público se diverte durante a madrugada à beira da piscina no festival Tomorrowland, em Itu - Reinaldo Canato/UOL - Reinaldo Canato/UOL
O estado da piscina na noite de quinta
Imagem: Reinaldo Canato/UOL

Com cerca de 25 metros de comprimento e 5 metros de largura, a piscina é igual coração de mãe, sempre cabe mais um. Nesta sexta-feira, a espera por atrações mais aguardadas do line-up, como o brasileiro Alok, esquentou ainda mais a procura.

As argentinas Romira e Rosia vieram ao Brasil só para curtir o Tomorrowland. Animadas, elas aguardavam há uma hora na fila para entrar na The Pool. "Vale a pena esperar, olha o calor que faz aqui", disse Rosita.

De Campinas, Fabiana Metran, 32, gosta de frequentar o local apenas para dançar, já que garantiu que não cai na água "de jeito nenhum". "Você esta louca, olha a cor dessa água. Só de olhar já pego doença de pele. Mas aqui é muito legal, as pessoas são alegres e só querem saber de curtir, sem brigas", afirmou.

Um dos funcionários que cuida da manutenção do espaço informou ao UOL que a piscina é limpa durante a madrugada, após o encerramento do festival, à 1h. "E durante o dia cabe cada um ter a consciência de mantê-la limpa", orienta. Mas isso não acontece. A reportagem visitou o local na noite de quinta e a água estava literalmente preta.

Eduardo Santos, 24, tem uma tática para cair na água enquanto "pode": ele chega antes da liberação da entrada, às 13h. "Cheguei hoje 12h40, estava vazio. A água estava limpinha, nadei, me refresquei e quando começou a lotar, saí", contou.

Limpa ou não, é o que o evento oferece além dos palcos.