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"Vou viver com esse fardo", diz Marky sobre morte dos colegas de Ramones

Do UOL, em São Paulo

27/04/2016 03h15

Ex-baterista dos Ramones, Marky Ramone lembra com carinho do tempo em que fazia parte de uma das bandas mais lendárias do punk rock. Único sobrevivente entre os integrantes mais emblemáticos do grupo, o músico lamenta o fato de os colegas não estarem vivos.

“Eu sinto falta dos meus colegas de banda. Nós tocamos por vários anos juntos. É como qualquer outra pessoa: se você tem um grupo de amigos e seus amigos morrem, você sempre vai se lembrar deles. Eu vou sempre viver com esse fardo, mas lembro das coisas boas que vivemos e de como a gente se divertia como banda. Eu gostaria que eles estivessem aqui”, disse o cantor no programa "The Noite", de Danilo Gentilli, desta terça-feira (26).

Embora Marky tenha se juntando aos Ramones a partir do quarto disco de estúdio da banda ("Road to Ruin", de 1978), ele se lembra do impacto que o primeiro álbum do grupo, que completou 40 anos no dia 23 de abril, causou nos cantores da época.

“Naquela época, todas as bandas eram parecidas, não tinham nada de diferente. Então quando esse álbum saiu, muitos grupos queriam tocar como nós por causa da simplicidade”, explicou Marky, que acabou gravando oito álbuns com o Ramones no total, até "Adios Amigos" (1995).

Tombo no palco

Baterista desde a adolescência, Marky já viveu momentos inusitados durante suas apresentações. Questionado por Danilo Gentili sobre momentos bizarros da sua carreira, o baterista admitiu que já caiu do palco.

“A minha cadeira estava muito próxima do final da plataforma, e eu acabei caindo. Torci a perna, mas no fim deu tudo certo. Acontece. E as pessoas achavam que eu estava bêbado, sendo que não tinha bebido naquele dia”, contou aos risos.

Prestes a completar 60 anos, Marky disse que treina constantemente para manter um bom desempenho nas duas apresentações.

“Recentemente ouvi dizer que baterista é como atleta. E eu acho verdade. Como baterista você usa braços e pernas. Quando eu não estou em turnê, eu toco sozinho quatro vezes por semana. É muito importante. Eu tento manter meu porte físico para manter o melhor desempenho possível”, contou.