Após 14 anos, DeFalla lança novo disco: "rock é opção, somos uma banda pop"
Para o vocalista Edu K, líder do DeFalla, o estilo de sua banda permanece intocado: a falta dele. Mas ouvindo com atenção o recém-lançado “Monstro”, primeiro álbum dos gaúchos em 14 anos, é possível detectar sinais de grunge, funk rock e da chamada neopsicodelia. Nada demais para quem já passou, sempre de forma barulhenta, pelo hard rock, hip hop, emo e até pelo funk carioca.
Mas os tempos mudaram. Com o atual monopólio dos ritmos populares, faz sentido ainda insistir no rock no Brasil? “Primeiro, quero dizer que adoro Safadão, acho do c*”, diz ao UOL, por telefone, o sempre eclético —e sobretudo bom frasista— Edu K, que convidou Humberto Gessinger, Pitty e Beto Bruno (Cachorro Grande) para o disco.
“Na verdade, o rock sempre foi uma música de opção. Não necessariamente de ser do 'mainstream'. Volta e meia ele entra e sai, assim como o sertanejo. Música do povo é a música pop, não importa de que estilo seja. E a gente é uma banda pop, que é absolutamente abrangente hoje em dia.”
Formado em 1985 em Porto Alegre, o DeFalla passou por várias formações e idas e vindas. A última reunião aconteceu em 2011, com a escalação clássica. Foi nessa época que nasceu a ideia de um novo álbum de inéditas, que demorou mais de quatro anos para ficar pronto. “Foi um problema de logística. Cada um estava no seu canto”, diz Edu.
Além do novo mercado da música, a cultura frenética dos memes, que a todo o momento cria piadas e sucessos inesperados na internet, é outra novidade com a qual o DeFalla versão 2016 precisará lidar. Mas isso não é exatamente uma preocupação.
“Os memes, a moda viral do “Tá Tranquilo, Tá Favorável. Tudo isso são coisas absolutamente espontâneas, aleatórias. Existe um monte de agência de publicidade e especialista nisso, mas não existe uma regra. E acho, na verdade, que nada se compara a essa espontaneidade, que, inclusive, é um dos elementos do DeFalla”, afirma o músico, bom de papo e autopromoção.
Os que aguardam novos arroubos de funk da periferia em "Monstro" vão se decepcionar. Comparado a trabalhos anteriores, o disco, que aborda “relacionamentos modernos”, segundo Edu, chega até a soar “conservador”.
“Não pensei em fazer funk agora. Esse é um disco de banda. De um grupo de pessoas que entrou em estúdio e começou a criar um som. Foi o que saiu. Mas tem muito a ver com tudo o que a gente já fez.”
A Fazenda
O que Edu K ainda não havia feito era participar de um “reality show” na TV aberta. Ele esteve na edição 2015 de “A Fazenda”, da TV Record. Foi o segundo eliminado do programa, em que teve suas rusgas com Mara Maravilha.
“Saí um pouco por causa da minha estratégia, de defender o Marcelo [Bimbi], por afinidade. E pela má sorte de ter ido à roça com a Mara, que é uma artista muito popular”, lembra Edu, que diz ter tomado lições para vida.
“Foi um aprendizado violentíssimo. Num programa como esse, quem ganha não é o artista, mas os fãs que estão disputando entre si. Entendi a grandiosidade disso. O fã é tudo na vida da gente.”
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