Cinco shows animam a semana de roqueiros em Brasília; confira programação

Entre quarta-feira (15) e domingo (19), Brasília vai receber bandas importantes do cenário underground, do hardcore, do punk e do rock nacional. Nomes como Bullet Bane (SP), Questions (SP), Hellbenders (GO) e Wander Wildner (RS) se apresentam em diferentes locais. A semana marca também o lançamento de discos dos grupos Almirante Shiva e Trampa. Confira no roteiro preparado pelo Guia UOL:

Quarta Dimensão Especial
A banda Almirante Shiva faz o lançamento do EP "Foco" nesta quarta-feira (15), no Teatro Dulcina, a partir das 20h. A abertura fica por conta da Komodo e Protofonia, e o shows serão gravados para o lançamento de um doc e vídeo do projeto Quarta Dimensão. A entrada é franca

Rock sem Fronteiras
A terceira edição do festival acontece no sábado (18), a partir das 21h, no Bangalô da AABB (Setor de Clubes Sul). O evento terá o lançamento do disco "Viva la evolución" da banda Trampa, que dividirá o palco com a local ETNO e também com Hellbenders (GO) e Bullet Bane (SP). O ingresso custa R$ 25 (1º lote) e R$ 35 (2º lote) e pode ser adquirido nos pontos físicos, GTR (111 Sul e 708/9 Norte), Overstreet (Conic) e Sphynx Tatto (315 Norte) ou na venda online. 

Wander Wildner em Brasília
O artista gaúcho lança o álbum "Wanclub" no Amsterdam Street 211 (211 Norte), sábado (18), às 22h. O cantor será acompanhado de sua banda, Os Comancheros, e do velho punk rock e pitada de brega. Os ingressos custam R$ 20 e a banda Cadibode faz a abertura do evento.

The Alchemists em Brasília
A banda de punk rock carioca The Alchemists tocará em Brasília pela primeira vez. O encontro com o público candango será no Bendito Benedito Pub (115 Norte), sábado (18), às 18h. A entrada custa R$ 15 e os grupos Bang Bang Babies (GO), Ameaça Cigana e Supervibe completam a festa.

Matinê Hardcore com Questions (SP)
O Questions (SP) retorna a Brasília para a sua segunda apresentação. O grupo de hardcore terá companhia do Deceivers, do Macakongs 2009 e do Ingrena, no domingo, no Amsterdam Street 211 (211 Norte). A 11ª edição do Matinê Hardcore tem início às 17h30, mas os portões vão abrir 30 minutos antes.

Confira um bate-papo com a banda Trampa sobre o lançamento do álbum "Viva la evolución"

Guia UOL - O novo álbum chama "Viva la Evolución". Para a banda, pode significar uma evolução individual e de conjunto? No aspecto social, é uma ironia ou acreditam que o mundo evoluiu?
Consideramos, sim, que a banda evoluiu bastante, seja em termos técnicos como dinâmica de trabalho, dinâmica de grupo, composição, arranjos e performance, quanto em questão de absorver melhor o mundo ao redor e trazer isso musicalmente e liricamente. Porém, esse título é pura ironia sim, e ele se refere ao fato de que, apesar de termos diversos progressos sociais, que infelizmente andam a passos de formiga, o que a gente tem testemunhado é o avanço de forças conservadoras culminando em fatos sociais cada vez mais absurdos. Podemos usar como exemplo (só nesse mês), esse massacre de Orlando que foi uma clara manifestação de ódio em relação à população LGBTT, ou os estupros coletivos de mulheres menores (e maiores) de idade.

Guia UOL - Quais os próximos passos do Trampa?
Para o segundo semestre queremos divulgar intensamente esse álbum em viagens, turnês e shows pelo Brasil. Além disso, participamos de uma coletânea bem interessante que deve sair por essa época. Temos também planos de gravar um vinil até o final do ano, fazendo uma mesclagem com um projeto nosso, o Trampa Sinfônica. Para 2017, o trabalho não para, esperamos convites e oportunidades, principalmente para fora do país, já que nossa experiência no Texas (no festival SXSW) foi bem construtiva.

Guia UOL - Do primeiro disco "Te presenteio com a fúria" para o segundo, "Causa e efeito", foram cinco anos de intervalo. Agora, esse processo foi mais rápido. Lançar logo um álbum novo com essa formação era uma preocupação?
Não era uma preocupação, mas uma vontade grande e teve uma fluidez muito maior do que nos outros discos. Esse lançamento foi bem mais rápido porque as composições saíram bem mais fluidamente com essa formação. Quanto mais a gente compõe, mais a gente lança.